Em alguns casos de colecistite aguda, pode haver infecção b...

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Ano: 2020 Banca: IADES Órgão: SES-DF Prova: IADES - 2020 - SES-DF - Grupo 004 |
Q1685606 Medicina
Uma paciente de 47 anos de idade, obesa, hipertensa e diabética, compareceu ao pronto atendimento de sua cidade, relatando dor em hipocôndrio direito com irradiação para as costas há cerca de dois meses, principalmente após as refeições. Conta ter perdido 10 kg por ter “medo de comer”. Atualmente procura atendimento em razão do agravamento da dor após aniversário de seu filho, durando mais de seis horas. Ao exame físico, encontra-se em bom estado geral, normocorada, anictérica, demonstrando abdome flácido, com dor à palpação profunda difusa e sinal de Murphy positivo. Acerca dos sinais vitais, constatam-se PA = 150 mmHg x 90 mmHg, FC = 101 bpm, FR = 18 irpm, Tax = 38 ° C e SatO2 = 98%.


Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 
Em alguns casos de colecistite aguda, pode haver infecção bacteriana secundária com acúmulo de bile purulenta e formação de empiema, perfuração com peritonite e sepse. Quando a cultura da bile é positiva, geralmente os germes isolados são os da flora intestinal, que incluem bacilos gramnegativos, anaeróbios e cocos gram-positivos.
Alternativas

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Para resolver esta questão, precisamos compreender alguns conceitos fundamentais sobre colecistite aguda e suas complicações. A colecistite aguda é a inflamação da vesícula biliar, frequentemente associada à presença de cálculos biliares, que podem obstruir o ducto cístico, levando à inflamação.

Agora, vamos analisar a alternativa correta:

Alternativa C - Certo

A afirmação está correta. Nos casos de colecistite aguda, a obstrução do ducto cístico pode permitir o crescimento de bactérias, frequentemente provenientes da flora intestinal. Isso pode resultar em infecção bacteriana secundária, com o acúmulo de bile purulenta, chamado de empiema da vesícula biliar. Se não tratado, pode levar à perfuração da vesícula, resultando em peritonite e sepse, que são condições graves. Os germes mais comumente isolados em culturas de bile são bacilos gram-negativos, anaeróbios e cocos gram-positivos, todos típicos da flora intestinal.

Vamos agora entender por que a outra alternativa seria incorreta:

Alternativa E - Errado

Se a alternativa esta afirmava que os germes isolados não incluem aqueles da flora intestinal ou negava a possibilidade de infecção bacteriana secundária, estaria incorreta. Como mencionado, a flora intestinal é a principal fonte de infecção na colecistite aguda complicada, e a infecção bacteriana secundária é uma complicação bem documentada.

Para resolver questões como essa, é importante:

  • Entender os sinais e sintomas clássicos de condições gastrointestinais, como a dor no hipocôndrio direito e o sinal de Murphy, característicos da colecistite.
  • Conhecer as possíveis complicações e os microrganismos envolvidos em infecções secundárias.
  • Relacionar os dados do caso clínico com os conceitos teóricos para verificar a veracidade das afirmações.

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Comentários

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A questão está correta. Colecistite aguda é a inflamação da vesícula biliar, geralmente causada por cálculos biliares. Em alguns casos, pode ocorrer infecção bacteriana secundária, com acúmulo de bile purulenta e formação de empiema (acúmulo de pus na vesícula biliar), além de perfuração com peritonite e sepse. Quando a cultura da bile é positiva, geralmente os germes isolados são os da flora intestinal, que incluem bacilos gram-negativos, anaeróbios e cocos gram-positivos. Nota-se que a paciente do caso apresentado tem sintomas compatíveis com colecistite aguda, como dor em hipocôndrio direito irradiando para as costas, perda de peso devido ao medo de comer (possivelmente devido à dor após as refeições) e dor à palpação profunda difusa, além de sinal de Murphy positivo, que é um indicativo clássico da condição. Portanto, a afirmação da questão está correta.

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