Maria Clara, 22 anos, com diagnóstico de Asma, em uso de Bu...
Maria Clara, 22 anos, com diagnóstico de Asma, em uso
de Budesonida dose baixa e Fumarato de formoterol
dose baixa fixo diariamente, refere episódios de
broncoespasmo 3 vezes na semana com necessidade
de uso de salbutamol e corticoide inalatório de resgate.
Queixa-se também de acordar durante ao menos uma
vez na semana com tosse e dispneia. Após confirmar
boa aderência e uso correto dos dispositivos, a
estratégia mais adequada para esse paciente, segundo
as recomendações atuais da Global Initiative for
Asthma (GINA 2023), é:
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A alternativa correta é a alternativa A - aumentar dose de corticoide inalatório fixo.
Maria Clara é uma paciente asmática que, mesmo em uso de corticoterapia inalável e beta-agonista de longa duração, apresenta sintomas como broncoespasmo e despertares noturnos. Isso indica que a sua asma não está bem controlada.
De acordo com as diretrizes atuais da Global Initiative for Asthma (GINA 2023), em situações onde os pacientes continuam a apresentar sintomas frequentes, a estratégia recomendada é o aumento da dose do corticoide inalatório. Vamos explicar o porquê.
Alternativa A - aumentar dose de corticoide inalatório fixo:
Esta é a alternativa correta. O aumento da dose do corticoide inalatório é uma recomendação da GINA quando os pacientes permanecem sintomáticos, apesar do tratamento inicial com dose baixa. A intensificação da terapia visa reduzir a inflamação das vias aéreas de forma mais eficaz, melhorando o controle da asma e diminuindo a frequência dos sintomas.
Alternativa B - trocar Fumarato de formoterol por bromidrato de fenoterol:
Esta alternativa está incorreta. Trocar um beta-agonista de longa duração (Formoterol) por outro (Fenoterol) não traria benefício no controle dos sintomas, pois o problema central é a insuficiente supressão da inflamação, que precisa ser abordada com a adequação da dose do corticoide inalatório.
Alternativa C - adicionar um beta agonista de longa duração às medicações diárias:
Também está incorreta porque Maria Clara já usa uma combinação de corticoide inalatório e beta-agonista de longa duração. Adicionar outro beta-agonista de longa duração não é indicado e não abordaria adequadamente a inflamação subjacente.
Alternativa D - adicionar um beta agonista de curta duração às medicações de resgate:
Essa alternativa está incorreta porque os beta-agonistas de curta duração (como o salbutamol) são utilizados para alívio imediato dos sintomas, não para o controle a longo prazo da asma. A adição de um beta-agonista de curta duração não resolveria os sintomas persistentes que indicam má gestão da inflamação crônica.
Em resumo, a estratégia mais adequada para Maria Clara, conforme as recomendações da GINA 2023, é o aumento da dose de corticoide inalatório fixo, que é a alternativa A.
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aumentar dose de corticoide inalatório fixo
A ALTERNATIVA CORRETA É: A - aumentar dose de corticoide inalatório fixo.
JUSTIFICATIVA:
De acordo com as diretrizes atuais da Global Initiative for Asthma (GINA 2023), o manejo da asma em pacientes com sintomas persistentes, como Maria Clara, deve focar no controle adequado da inflamação. Quando há episódios frequentes de broncoespasmo (mais de dois por semana) e sintomas noturnos (tosse e dispneia), apesar do uso de medicação de controle em baixa dose, a aumento da dose do corticoide inalatório fixo é uma medida recomendada para melhorar o controle da doença. O aumento da dose pode ajudar a reduzir a inflamação das vias aéreas e, portanto, os sintomas.
ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS INCORRETAS:
- B. Trocar Fumarato de formoterol por bromidrato de fenoterol
- ERRADO. Fenoterol é um beta-agonista de curta duração, não indicado para tratamento diário de controle. A troca de um beta-agonista de longa duração (formoterol) por um de curta duração (fenoterol) não é recomendada para controle da asma, pois os beta-agonistas de curta duração são indicados apenas para alívio rápido (medicação de resgate).
- C. Adicionar um beta-agonista de longa duração às medicações diárias
- ERRADO. Embora a adição de um beta-agonista de longa duração (LABA) seja uma opção válida em certos casos, o tratamento de primeira linha em pacientes com sintomas frequentes como Maria Clara é o aumento da dose do corticoide inalatório. A adição de um LABA pode ser considerada se houver falha no controle com corticoide inalatório, mas não é a primeira medida recomendada.
- D. Adicionar um beta-agonista de curta duração às medicações de resgate
- ERRADO. O paciente já está utilizando salbutamol (beta-agonista de curta duração) como medicação de resgate, o que já é o protocolo adequado para o controle de crises agudas. A adição de mais beta-agonistas de curta duração não é indicada, pois eles não atuam no controle da inflamação subjacente da asma.
EM RESUMO:
A estratégia indicada para o controle adequado da asma, segundo as recomendações da GINA 2023, seria aumentar a dose do corticoide inalatório fixo, visto que Maria Clara apresenta sintomas persistentes e frequentes, mesmo com o uso da medicação atual. Isso ajuda a melhorar o controle inflamatório nas vias aéreas e prevenir episódios de broncoespasmo.
PONTOS CHAVE:
- O aumento da dose de corticoide inalatório é uma estratégia de escolha em pacientes com asma inadequadamente controlada, com sintomas frequentes.
- A adesão correta ao tratamento deve ser confirmada antes de considerar ajustes na terapia.
- A medicação de resgate (como o salbutamol) não deve ser usada frequentemente se o controle da asma estiver adequado.
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