Fabiana, 19 anos, diagnosticada com asma há 3 meses em uso ...
Fabiana, 19 anos, diagnosticada com asma há 3 meses
em uso de corticoide inalatório e formoterol sob
demanda, retorna à consulta ambulatorial para revisão
relatando que teve 4 crises durante esse período mas
que os sintomas não apareciam mais que uma vez por
dia. Sem mais queixas. A estratégia mais adequada para
esse paciente, no momento, segundo as
recomendações atuais da Global Initiative for Asthma
(GINA 2023), é
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A alternativa correta é a C - Revisão do uso correto de dispositivos de preferência orientando a trazer a medicação na consulta e visualizar a forma de manuseio da medicação.
Vamos analisar o caso e as alternativas para entender melhor:
Fabiana, uma paciente de 19 anos, foi diagnosticada com asma há 3 meses e atualmente está em uso de corticoide inalatório e formoterol sob demanda. Ela relatou ter tido 4 crises de asma durante esse período, mas os sintomas não apareciam mais que uma vez por dia.
De acordo com as recomendações atuais da Global Initiative for Asthma (GINA 2023), é crucial a revisão do uso correto dos dispositivos inalatórios, pois muitos pacientes podem não estar utilizando-os corretamente, o que compromete a eficácia do tratamento.
Justificando a alternativa correta (C):
A eficácia do tratamento da asma depende, em grande parte, do uso correto dos dispositivos inalatórios. A prática de trazer a medicação para a consulta e demonstrar o manuseio ajuda a identificar erros na técnica do paciente e corrigi-los, garantindo que o medicamento seja administrado adequadamente.
Analisando as alternativas incorretas:
A - Manter o corticoide inalatório e formoterol como medicações fixas
Esta alternativa não aborda a questão fundamental do uso correto dos dispositivos. Apenas manter a medicação sem garantir que ela está sendo utilizada corretamente pode não ser suficiente para controlar a asma da paciente.
B - Adicionar antagonista muscarínico de longa duração às medicações diárias
A adição de um antagonista muscarínico de longa duração (LAMA) não é recomendada como primeira linha de intervenção neste contexto específico. Antes de considerar mudanças na medicação, é essencial garantir que a paciente esteja usando os dispositivos corretamente.
D - Adicionar um beta agonista de curta duração às medicações de resgate
Adicionar um beta agonista de curta duração (SABA) não resolve o problema principal, que é o uso correto dos dispositivos. Além disso, o uso indiscriminado de SABA pode levar ao controle inadequado da asma e ao aumento do risco de efeitos adversos.
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revisão do uso correto de dispositivos de preferência orientando a trazer a medicação na consulta e visualizar a forma de manuseio da medicação
A ALTERNATIVA CORRETA É: C - Revisão do uso correto de dispositivos de preferência orientando a trazer a medicação na consulta e visualizar a forma de manuseio da medicação.
JUSTIFICATIVA:
De acordo com as recomendações da Global Initiative for Asthma (GINA 2023), para pacientes com asma controlada, como o caso de Fabiana, que apresenta menos de uma crise por dia, a abordagem inicial deve ser revisar e reforçar o uso correto dos dispositivos, já que o controle da asma parece adequado. A adesão ao tratamento e o uso correto das medicações são aspectos críticos na gestão da asma, e muitas vezes o problema de controle da doença pode estar relacionado ao uso inadequado do dispositivo ou falta de adesão. A orientação sobre o uso correto do inalador e uma análise prática de como ela está manuseando a medicação pode ser a chave para garantir um controle contínuo da asma e prevenir crises.
ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS INCORRETAS:
- A. Manter o corticoide inalatório e formoterol como medicações fixas
- ERRADO. Como Fabiana tem asma controlada, a medicação diária fixa com corticoide inalatório e formoterol não é necessária neste momento. A GINA sugere que a combinação de medicamentos diários seja reservada para casos em que o controle da asma não é alcançado com medicação de resgate ou quando há sintomas persistentes. Neste caso, a asma parece controlada com o uso de medicação sob demanda.
- B. Adicionar antagonista muscarínico de longa duração às medicações diárias
- ERRADO. A adição de antagonista muscarínico de longa duração (como o tiotrópio) não é indicada para este caso, já que a paciente está controlando bem seus sintomas com o uso do corticoide inalatório e formoterol sob demanda. A adição de outro broncodilatador de longa duração não seria indicada, pois a paciente não apresenta sintomas frequentes que justifiquem a necessidade de mais medicação.
- D. Adicionar um beta agonista de curta duração às medicações de resgate
- ERRADO. Fabiana já está utilizando formoterol, que é um beta-agonista de longa duração. A adição de um beta-agonista de curta duração não é necessária, uma vez que ela já possui um broncodilatador de ação prolongada para situações de resgate. Não há indicação para um medicamento adicional se ela já tem controle adequado da doença.
EM RESUMO:
O mais adequado é revisar o uso correto dos dispositivos, assegurando que a paciente esteja utilizando as medicações corretamente. O controle da asma parece adequado, e a simples reavaliação do manejo da medicação pode ser suficiente.
PONTOS CHAVE:
- Para asma controlada, a revisão do uso dos dispositivos é fundamental.
- Adesão ao tratamento e uso correto do inalador são cruciais.
- Evitar a adição de medicações desnecessárias quando a asma está bem controlada com o tratamento atual.
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