Paciente masculino, 66 anos, chega ao prontoatendimento enca...
Paciente masculino, 66 anos, chega ao prontoatendimento encaminhado via SAMU apresentando
“mal-estar geral e falta de ar”, segundo acompanhante.
Ao exame apresenta dispneia, esforço respiratório,
saturação em oxímetro de 89%, já em máscara de alto
fluxo em 6L/min. Ausculta pulmonar ruidosa, com
presença de estertores bolhosos. O acompanhante não
sabe as medicações de uso contínuo do paciente mas
afirma que ele tem problemas cardíacos. Dentre as
abaixo, o diagnóstico e a melhor condução do caso
seria:
Gabarito comentado
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Alternativa Correta: B
Vamos entender por que a alternativa B é a correta e analisar as demais alternativas.
O paciente descrito na questão é um homem de 66 anos com histórico de "mal-estar geral e falta de ar". Ao exame, ele apresenta dispneia, esforço respiratório, saturação de oxigênio de 89% e estertores bolhosos à ausculta pulmonar. Importante notar que ele já está em uso de máscara de alto fluxo e tem histórico de problemas cardíacos.
Esses achados clínicos são típicos de um edema agudo de pulmão, que frequentemente é de causa cardiogênica, como sugerido pelo histórico de problemas cardíacos. No edema agudo de pulmão, ocorre um acúmulo de líquido nos alvéolos pulmonares, levando a dificuldade respiratória significativa.
A conduta descrita na alternativa B é a mais indicada para esse quadro, que inclui:
- Monitorização
- Oximetria
- Gasometria arterial
- Uso de furosemida (1 mg/kg) para reduzir o excesso de líquidos
- Vasodilatador em bomba de infusão para reduzir a pré-carga e a pós-carga cardíaca
- Ventilação não invasiva através de CPAP para melhorar a oxigenação
Agora, vejamos por que as outras alternativas são incorretas:
A - Esta alternativa sugere que o paciente está em insuficiência renal aguda e recomenda expansão volêmica. No entanto, a expansão volêmica é contraindicada em casos de edema agudo de pulmão, pois pode agravar o quadro ao aumentar o volume de líquido nos pulmões.
C - Aqui, é sugerido que o paciente está em choque cardiogênico, com recomendação de intubação orotraqueal e administração de noradrenalina e cristaloides. Embora o choque cardiogênico possa estar associado, a expansão volêmica (30 ml/kg) é inadequada e pode piorar o edema pulmonar.
D - Esta alternativa sugere um pneumotórax espontâneo secundário, o que não é compatível com os achados clínicos apresentados, como estertores bolhosos e o histórico de problemas cardíacos. Pneumotórax geralmente apresenta diminuição dos sons respiratórios no lado afetado.
Portanto, a conduta mais adequada para este caso é a descrita na alternativa B, que trata de um edema agudo de pulmão de origem provavelmente cardiogênica, com as intervenções apropriadas.
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Comentários
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Se trata de um edema agudo de pulmão de origem provavelmente cardiogênica onde devemos imediatamente monitorizar o paciente, oximetria, gasometria arterial, furosemida 1mg/kg, iniciar vasodilatador em bomba de infusão e ventilação não invasiva através de CPAP.
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