Tradicionalmente na clínica psicanalítica considerase a dif...
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Gabarito comentado
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A alternativa correta é a Alternativa B.
Na clínica psicanalítica, a distinção entre neurose e psicose é crucial para um diagnóstico preciso. A psicose é caracterizada principalmente por uma perturbação primária da relação libidinal com a realidade. Isso significa que o indivíduo psicótico tem dificuldades em manter um contato adequado com a realidade externa, e seus sintomas são tentativas de restaurar ou reconstruir laços com essa realidade. Essa descrição é exatamente o que é expresso na Alternativa B.
Vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:
Alternativa A: Descreve um desvio em relação ao ato sexual "normal", indicando condições específicas para a satisfação sexual, o que se refere mais à definição de parafilia na psicanálise, e não à psicose.
Alternativa C: Fala sobre sintomas que são expressão simbólica de um conflito psíquico enraizado na infância. Essa descrição se encaixa melhor na neurose, onde há uma tentativa de compromisso entre defesa e desejo, e não na psicose.
Alternativa D: Refere-se a impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, o que não é relacionado à psicose, mas sim a deficiências físicas ou mentais no contexto de participação social.
Alternativa E: Descreve um conflito defensivo que se manifesta por traços de caráter ou organização patológica da personalidade, o que está mais próximo de transtornos de personalidade ou neurose, ao invés de psicose.
Compreender essas distinções é essencial para qualquer profissional que deseja atuar na área de psicopatologia clínica, pois cada estrutura (neurose, psicose, etc.) requer abordagens terapêuticas distintas.
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Gabarito: letra B
Fundamentalmente, é uma pertubação primária da relação libidinal com a realidade que a teoria psicanalítica vê o denominador comum das psicoses, onde a maioria dos sintomas manifestos (particularmente construção delirante) são tentativas secundárias de restauração do laço objetal.
fonte: Vocabulário da Psicanálise - Laplanche e Pontalis (página 390)
Freud definiu a psicose como um distúrbio entre o eu e o mundo externo. Em seguida Freud inscreveu a psicose numa estrutura tripartite, opondo-a à neurose, de um lado, e à perversão, de outro. A psicose foi então definida como a reconstrução de uma realidade alucinatória na qual o sujeito é exclusivamente voltado a si mesmo, numa situação sexual auto-erótica: assume literalmente o próprio corpo (ou parte deste) como objeto de amor (sem alteridade possível). A neurose, por seu turno, surge como o resultado de um conflito intrapsíquico, enquanto a perversão se apresenta
como uma renegação da castração. Pode-se citar as palavras do próprio Freud:
“Portanto, é justificável dizer que o ego se defendeu da ideia incompatível
através de uma fuga para a psicose”. Ou seja, Trata-se de uma disposição patológica grave, no qual o ego escapa
da ideia incompatível, construindo uma nova realidade. À guisa da conclusão, e recapitulando um pouco, a psicose é uma
perturbação primária da relação libidinal com a realidade. psicose é uma perturbação primária da relação libidinal com a realidade. Em contraste com o transtorno neurótico, a psicose caracteriza-se pela recusa da realidade, retirando todos os investimentos da libido no objeto e fragmentando sua representação. A retirada da libido do objeto externo leva a uma transferência dessa libido para si próprio caracterizando o que Freud denominou de neurose narcísica (equivalente à psicose). O fato de a libido estar totalmente investida no ego reduz a capacidade dos
pacientes psicóticos transferirem sua libido para um objeto externo e, consequentemente, tornando-os pouco acessível a um tratamento psicanalítico, cujo elemento propulsor é a transferência
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