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Os componentes biológicos da imunidade inespecífica como as células de defesa do sangue e as moléculas químicas atuam no processo inflamatório, que é um mecanismo de defesa do organismo, sendo iniciado perante uma lesão tecidual.

Os peixes, assim como outros animais, apresentam um complexo sistema de defesa do organismo denominado sistema imunológico. A função do sistema imunológico é proteger o peixe das infecções e permitir que os processos patológicos, infecciosos ou parasitários tenham uma duração limitada, com poucas lesões residuais no organismo. Esse autocontrole é possível pela existência dos mecanismos de defesa inespecíficos e específicos nos peixes.

A imunidade específica, também chamada de imunidade inata, natural ou rápida, refere-se aos mecanismos que já nascem com o indivíduo. Essa é a primeira linha de defesa dos peixes com a função de reconhecer e evitar a entrada de antígenos no organismo. Essa defesa é composta por uma série de barreiras como a pele, as escamas, o muco e alguns componentes biológicos, como as células fagocíticas presentes no sangue, células natural killer, proteínas plasmáticas e sistema complemento. A manutenção da integridade dessas barreiras é essencial para o funcionamento do sistema imunológico dos peixes.

Em todos os organismos, a pele é o órgão que separa o organismo do meio ambiente e constitui a primeira barreira física contra injúrias e entrada de patógenos. Os peixes possuem células secretoras que produzem muco, em maior ou menor quantidade, de acordo com a exposição a injúrias, cuja função é eliminar micro-organismos, e evitar a adesão de patógenos, além de auxiliar na osmorregulação e reduzir o atrito do corpo do peixe com a água, facilitando a natação. O muco possui ainda substâncias químicas, como as lisozimas, que agem contra a parede bacteriana. Os peixes escamados têm uma proteção extra, que é a camada de queratina que constitui as escamas.