O atendimento das necessidades do mercado é visto como o pon...
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Atitudes que Don Drapper, de Mad Men, deveria ter hoje
Não há nada de errado em gostar do autoritário protagonista de Mad Men – desde que seu estilo não o influencie.
O cotidiano de uma grande agência publicitária cravada na Madison Avenue, coração de Nova York, em plenos anos 60 é o ponto de partida da série americana Mad Men para mostrar os desafios, aspirações e todo ambiente que envolvia os executivos da época. [...]
Protagonista da história e diretor de criação da agência, Don Draper, interpretado pelo ator Jon Hamm, vive um mundo de mentiras, sustentado por suas crises pessoais e de identidade que o deixam ao léu de uma sociedade mutante, onde ele tem de lidar com esposa, filhos, amante e um passado pesado, sem deixar de ser um dos mais brilhantes publicitários de seu tempo. [...].
Apesar das décadas de distância entre os gestores retratados em Mad Men com os gestores atuais das empresas, alguns resquícios dos personagens da série parecem bem contemporâneos. “Ainda assim é inegável o quanto os líderes evoluíram de lá para cá”, diz Fátima Motta, professora doutora do Núcleo de Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM.
Abaixo, ela lista atitudes exigidas dos bons líderes de hoje, em contraste com o perfil dos executivos da década de 60.
Menos autoritarismo
Uma das principais funções dos líderes de hoje é reter talentos. Se em algumas cenas de Mad Men fica claro que os funcionários têm medo de perder seus empregos, nos ambientes corporativos de hoje o desafio é manter os melhores talentos na empresa.
Hoje, a vida pessoal e a profissional dos executivos se misturam pelos novos caminhos de relação e interatividade trazidas com o avanço da tecnologia. Um cenário impensável no ambiente vivido pelos executivos da década de 60. “Seria impossível viver dessa maneira naquela época em que as máximas eram ter de deixar os problemas fora da empresa, já que ali era lugar para se trabalhar e não de ter amigos e expressar opiniões", afirma a professora.
Não importa se o funcionário tem anos de casa ou se ele acabou de chegar. Se é homem ou mulher, sua preferência sexual ou classe econômica. O bom gestor contemporâneo avalia todos iguais, da mesma maneira.Sem esquecer de deixar claro que isso faz parte das regras do jogo. “Isso é um fator determinante até mesmo para os profissionais se manterem na empresa e se esforçarem para entregar os resultados”, afirma Fátima. [...]
Mutação constante
Nessa mutação constante do cenário em que vivemos hoje, com alterações mais rápidas dos ambientes do que as sofridas em décadas atrás, alguns gestores e empresas estão atrasados, concorda a professora. “Será preciso que a gestão dessas empresas ainda atrasadas evoluam e atendam as novas necessidades do mercado mais cedo ou mais tarde", afirma Fátima.