Leia os fragmentos a seguir.Chefes altamente qualificados do...
Leia os fragmentos a seguir.
Chefes altamente qualificados do Movimento de Março de 64 preferem chamá-lo contrarrevolução. Com efeito, houve uma reação ao rumo desordenado e ameaçador que a Nação tomava sob João Goulart. […] O “esquerdismo” teria sido, ao contrário de outras supostas causas, o cimento que unificou as diversas correntes de pensamento brasileiro, refletidas nas Forças Armadas, desde o liberalismo clássico, ao neoconservadorismo e ao reformismo. Março de 64 é, pois, uma resposta e não um projeto autônomo. Por isso, foi feito em nome do Anti: anticomunismo, antipeleguismo, anticorrupção. |
FOLHA DE S. PAULO. Jarbas Passarinho, Dezoito anos depois. Opinião, p. 3,
31/03/1982. Disponível em: < http://acervo.folha.uol.com.br/fsp/1982/03/31/2/ >.
Acesso em: 3 maio de 2016. [Adaptado].
Com efeito, o governo de Jango não caiu por seus defeitos, ele foi derrubado por suas virtudes. Essencialmente porque representava uma ameaça inadmissível para as classes dominantes. Quem viveu aqueles últimos meses de tensão recordará tanto a animosidade e o ódio que se alastraram por toda a casta de privilegiados contra o governo nacionalista e sindicalista, como o entusiástico apoio popular ao governo trabalhista e reformista. |
FOLHA DE S. PAULO. Darcy Ribeiro, 1964: um testemunho. Opinião, p. 3,
30/03/1982). Disponível em:< http://acervo.folha.uol.com.br/fsp/1982/03/30/2/>.
Acesso em: 3 maio 2016. [Adaptado].
Os dois fragmentos foram extraídos de textos publicados no jornal Folha de S. Paulo quando se completavam dezoito anos do Golpe Militar de 1964. Embora apresentem perspectivas diferentes, ambos os autores dos textos compreendem que a motivação do Golpe se relacionava a uma reação