Como analisam Libâneo, Oliveira e Toschi (2012), nas socieda...
Segundo Cortella (2016), é preciso reafirmar uma questão básica: “se o Conhecimento é relativo à história e à sociedade, ele não é neutro”. A Escola, afirma o autor, “está grávida de história e sociedade, e, sendo esse processo marcado pelas relações de poder, o Conhecimento é também político, isto é, articula-se com as relações de poder. Sua transmissão, produção e reprodução no espaço educativo escolar decorre de uma posição ideológica (consciente ou não), de uma direção deliberada e de um conjunto de técnicas que lhes são adequadas”. Dessa forma, de acordo com o autor, “é preciso que recoloquemos o problema de seu sentido social concreto”. Após reafirmar o que chama de óbvio, que “há um fortíssimo reflexo das condições de vida dos alunos no seu desempenho escolar”, Cortella argumenta que é necessária, de nossa parte, como educadores, “uma atenção aguda à nossa realidade na qual há vários modos de ser criança”, para que nos qualifiquemos para “um exercício socialmente competente da profissão docente”. E adverte que se tomarmos por referência uma criança idealizada, com base no modo minoritário de ser criança, e “se não nos qualificarmos para atuar junto aos vários modos de ser criança em nossa realidade social”, o resultado concreto de nosso trabalho educativo pode
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A alternativa correta é a B - contribuir para o aprofundamento das diferenças e a manutenção da injustiça. Para compreender esta questão e a resposta, é essencial abordar a ideia de que a educação exerce um papel fundamental na construção da sociedade e no desenvolvimento individual. Segundo os autores mencionados, o conhecimento sistematizado é crucial na sociedade contemporânea, sendo um direito que deve ser garantido a todos para promover a inserção social.
A Constituição Federal de 1988, em seus artigos relacionados à educação, reforça a ideia de que a educação é um direito de todos e deve ser garantida pelo Estado, destacando o caráter obrigatório e gratuito do ensino. Isso reitera a responsabilidade do Estado na promoção da equidade e no acesso ao conhecimento.
Prosseguindo, Cortella ressalta que o conhecimento e a educação não são neutros, mas sim carregados dos valores e histórias da sociedade, sendo influenciados pelas relações de poder. Portanto, o processo educativo é também um ato político e ideológico, e os educadores precisam estar conscientes disso.
O autor também enfatiza a necessidade de atenção às diversas realidades das crianças, argumentando que a falta de adequação às diferentes condições de vida dos alunos pode refletir negativamente no processo educativo. Assim, se a educação não considerar as múltiplas formas de ser criança, especialmente em um contexto marcado por desigualdades, ela pode inadvertidamente perpetuar essas desigualdades ao invés de mitigá-las.
Portanto, a alternativa B está correta porque reflete essa realidade. Se os educadores não estiverem preparados para entender e atender às diversas necessidades de seus alunos, o processo educativo pode acabar reforçando as desigualdades sociais existentes, ao invés de atuar no sentido de promover a justiça e a igualdade de oportunidades.
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