Cláudia atua como psicóloga na instituição de acolhimento Pa...

Alternativa correta: D - poderá desenvolver intervenções institucionais no abrigo, visando ressignificar a visão de doença, perversão e desvio presentes no discurso do dirigente.

A questão aborda a atuação ética e profissional do psicólogo à luz da Resolução do CFP nº 001/1999, que trata da atuação dos psicólogos em relação à orientação sexual. A resolução estabelece que os psicólogos não devem colaborar com eventos e serviços que proponham tratamento e cura da homossexualidade.

Diante dessa resolução, vamos analisar cada alternativa:

A - poderá encaminhar Evandro para a rede de saúde existente no município, visando ajudá-lo a superar a homossexualidade:

Incorreta. Encaminhar Evandro para "superar a homossexualidade" implica na ideia de que a homossexualidade é algo a ser "superado" ou "tratado", o que contraria diretamente a Resolução do CFP nº 001/1999.

B - deverá atender psicoterapeuticamente Evandro, auxiliando-o a compreender e superar os desejos homoafetivos:

Incorreta. Esta alternativa sugere que a homossexualidade é uma condição a ser superada, o que vai contra os princípios éticos estabelecidos pela Resolução do CFP nº 001/1999.

C - deverá buscar profissional especializado em sexologia, de forma a minimizar os conflitos decorrentes da psicopatologia:

Incorreta. A homossexualidade não é considerada uma psicopatologia, conforme estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e reafirmado pela Resolução do CFP nº 001/1999. Portanto, não há necessidade de intervenção para "minimizar conflitos" nesse sentido.

D - poderá desenvolver intervenções institucionais no abrigo, visando ressignificar a visão de doença, perversão e desvio presentes no discurso do dirigente:

Correta. Esta alternativa está alinhada com a Resolução do CFP nº 001/1999, que orienta os psicólogos a não colaborarem com ações que reforcem preconceitos e discriminações, mas sim a promoverem a despatologização da homossexualidade.

E - poderá atender psicoterapeuticamente Evandro e sua família biológica, buscando compreender a origem do comportamento e buscar sua transformação:

Incorreta. Assim como as alternativas A e B, esta alternativa sugere que a homossexualidade é algo a ser transformado, o que é contrário às diretrizes éticas e à Resolução do CFP nº 001/1999.

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Homosexualidade não é doença!

Art. 2° - Os psicólogos deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam comportamentos ou práticas homoeróticas.

Art. 3° - os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.

Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.

Homosexualidade não é doença! É vida!!!

RESOLUÇÃO CFP N° 001/1999

Art. 2° – Os psicólogos deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam comportamentos ou práticas homoeróticas;

Art. 3° – Os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados

Em suma, qualquer assertiva que traga em sua redação a ideia de cura, transformação, superação da condição, etc. é contária ao que dispõe a referida resolução, pois explicitamente demonstra uma visão que coloca a homossexualidade na condição de psicopatologia. Os erros das demais assertivas:

a) ajudá-lo a superar a homossexualidade;

b) superar os desejos homoafetivos; 

c) minimizar os conflitos decorrentes da psicopatologia;

e) buscar sua transformação;

Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

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Gabarito: D

Esse é o tipo de questão que não tem como errar. É questão para garantir ponto, se um psicólogo consegue errar algo assim claramente há algo errado com ele.