(...) Os currículos são responsáveis, em grande parte, pela ...

A alternativa correta é a E, que afirma que o currículo é um "território em disputa a ser analisado pelas escolhas e estratégias de narrativas consolidadas como verdades absolutas".

Para entender a questão e chegar nessa resposta, é preciso ter conhecimento sobre a natureza do currículo escolar e a teoria crítica em educação. O currículo não é um elemento neutro do processo educativo, mas um campo onde se manifestam disputas de poder, ideologias e a construção de conhecimento que está em constante negociação e revisão. Reconhece-se que existem narrativas hegemônicas - ou seja, dominantes - que são endossadas e perpetuadas por meio dos currículos escolares, contribuindo para a formação da memória coletiva e da consciência social.

Ao considerar o currículo como um território em disputa, reconhecemos que as narrativas históricas que são escolhidas para compor os programas escolares são estratégicas e não absolutamente verdadeiras ou neutras. O currículo reflete e perpetua as visões de mundo de determinados grupos sociais. Portanto, as narrativas que se tornam dominantes nos currículos são aquelas que conseguiram se impor e foram aceitas como verdades, muitas vezes sem espaço para questionamentos ou inclusão de perspectivas alternativas.

Essa compreensão é essencial para a Pedagogia e para a prática educativa consciente, que busca a pluralidade e a criticidade no processo de ensino-aprendizagem. Vemos, portanto, que a alternativa E captura essa essência do currículo como um espaço de luta pela legitimação de diferentes perspectivas e narrativas na educação.

Neutro nem sabonete é.

O currículo é um território em disputa.