Sobre o manejo da nutrição enteral em pacientes críticos, c...

Vamos analisar a questão sobre o manejo da nutrição enteral em pacientes críticos de acordo com as diretrizes da ASPEN (2016). Este tema é fundamental para profissionais de nutrição que atuam em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), pois envolve o planejamento e a administração adequada de nutrientes a pacientes que não podem se alimentar normalmente.

Alternativa Correta: D

A alternativa D afirma que a nutrição enteral deve ser iniciada o mais cedo possível, idealmente dentro de 24-48 horas após a admissão do paciente na UTI, desde que o trato gastrointestinal esteja funcional. Esta prática tem como objetivo reduzir o risco de translocação bacteriana e manter a barreira intestinal, sendo uma recomendação clara da ASPEN (2016). A iniciação precoce da nutrição enteral é crucial para promover a saúde intestinal e melhorar os desfechos clínicos dos pacientes críticos.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - A sugestão de que a nutrição enteral é contraindicada em pacientes com gastroparesia ou em uso de ventilação mecânica prolongada não está completamente correta. Embora a via gástrica seja preferida, existem abordagens, como a nutrição enteral por sonda pós-pilórica, que podem ser utilizadas nesses casos específicos.

B - A afirmação de que a fórmula enteral hipercalórica é sempre indicada para pacientes críticos com ventilação mecânica é imprecisa. A escolha da fórmula deve ser individualizada, considerando vários fatores, incluindo o estado nutricional e as necessidades metabólicas do paciente. Não há uma recomendação universal para o uso de fórmulas hipercalóricas.

C - A ideia de que a nutrição parenteral deve sempre preceder a enteral é contrária às práticas atuais. A nutrição parenteral é reservada para casos em que a nutrição enteral não é possível ou suficiente, uma vez que a enteral é preferida por ser mais fisiológica e menos associada a complicações.

E - Embora o uso de fórmulas imunomoduladoras em pacientes com sepse grave demande cautela, a recomendação não é universalmente a contraindicação. As diretrizes são mais nuançadas, e o uso dessas fórmulas depende de uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios.

Compreender essas nuances é essencial para a prática clínica e pode ser determinante para o sucesso em concursos públicos na área de Nutrição. Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!