Sobre o modelo cognitivo-comportamental para o tratamento ...
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A alternativa correta é a Alternativa E. Vamos entender por quê e analisar cada uma das opções.
Alternativa E: Esta é a alternativa correta, pois descreve adequadamente o foco do modelo cognitivo-comportamental no tratamento do transtorno do pânico. Esta abordagem destaca a importância de transformar pensamentos disfuncionais e esquemas desadaptativos, encorajando uma interação ativa entre o paciente e o terapeuta. O objetivo é que ambos trabalhem juntos para identificar e interpelar os pensamentos automáticos e esquemas do paciente, facilitando a reestruturação cognitiva. Este é um elemento central na terapia cognitiva comportamental, especialmente quando se trata de transtornos de ansiedade, como o transtorno do pânico.
Alternativa A: Esta alternativa está incorreta. Embora os ataques de pânico possam ser relacionados a respostas automáticas de "luta ou fuga", o modelo cognitivo-comportamental não os conceitualiza como processos recalcados somaticamente. Além disso, a relação com a agorafobia e o efeito comportamental de antecipação é parte do transtorno de pânico, não devendo ser relegada a outra classe de fenômenos comportamentais.
Alternativa B: Esta alternativa também está incorreta. Embora a modificação de processos cognitivos seja parte da terapia, o uso de "manobras de neutralização" e "retroalimentação corretiva" como termos não reflete adequadamente as técnicas-chave como a reestruturação cognitiva, exposição interoceptiva e técnicas de relaxamento que são comumente usadas no tratamento do transtorno de pânico.
Alternativa C: A afirmação de que a abordagem não prevê tratamento farmacológico está errada. Embora o tratamento cognitivo-comportamental foque em intervenções psicológicas, muitas vezes pode ser combinado com medicamentos, especialmente em casos mais graves, para otimizar os resultados do tratamento.
Alternativa D: Esta alternativa está incorreta, pois o conceito de "educação emocional para a ansiedade e pânico" não é especificamente uma estratégia central na abordagem cognitivo-comportamental. O foco do tratamento está mais centrado na modificação dos padrões de pensamento e na exposição a situações temidas.
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A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) abrange intervenções psicoterapêuticas que tem como objetivo: produzir mudanças nos pensamentos, nos sistemas de significados, além de uma transformação emocional e comportamental duradoura; e proporcionar autonomia ao cliente, alcançando assim o alívio ou a remissão total dos sintomas (A. Beck, 1993). A TCC se propõe a ser uma forma empiricamente validada de intervenção, cuja eficácia já foi testada para uma grande quantidade de transtornos psiquiátricos (A. Beck & Weishaar, 2000).
A cognição, função da consciência relacionada às deduções feitas acerca das experiências de vida, é considerada o principal elemento envolvido na manutenção dos transtornos psicológicos pela teoria cognitiva de psicopatologia e psicoterapia (Knapp & Rocha, 2003). Neste sentido, A. Beck, Rush, Shaw e Emery (1997) ressaltam que clientes com distúrbios psicológicos apresentam pensamentos disfuncionais ou distorcidos. Desta maneira, o foco do terapeuta cognitivo-comportamental será obter mudanças cognitivas através de uma avaliação realista da situação e da modificação do pensamento, produzindo, consequentemente, uma melhora no humor e no comportamento dos clientes. J. Beck (1997) ressalta que as mudanças emocionais e comportamentais serão duradouras se resultarem da modificação de crenças disfuncionais básicas dos clientes.
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872010000200002
A. Na interpretação do modelo cognitivo-comportamental, os ataques de pânico são conceitualizados como um estado de luta ou fuga recalcado somaticamente que resultam em falsas crenças centrais associadas a gatilhos afetivos, porém sem a agorafobia, efeito comportamental de antecipação, que por sua vez, é relegada à outra classe de fenômenos comportamentais.
- Correção: Esta alternativa está incorreta. No modelo cognitivo-comportamental, os ataques de pânico são geralmente compreendidos como respostas intensas a interpretações catastróficas de sensações físicas, e a agorafobia frequentemente está associada ao transtorno do pânico, não relegada a outra classe de fenômenos. A agorafobia é tratada no mesmo contexto da intervenção para o pânico.
B. As técnicas-chave cognitivo-comportamentais do tratamento do transtorno de pânico incluem a modificação do auto processamento, papel de manobras de neutralização e a retroalimentação corretiva.
- Correção: Esta alternativa está parcialmente correta. Embora o tratamento cognitivo-comportamental para o transtorno de pânico inclua técnicas de modificação do pensamento disfuncional e estratégias comportamentais, os termos “manobras de neutralização” e “retroalimentação corretiva” não são frequentemente usados para descrever técnicas específicas dessa abordagem. O foco está mais em exposição, reestruturação cognitiva e treinamento de habilidades de enfrentamento.
C. A intervenção nesta abordagem não prevê a utilização de tratamento farmacológico.
- Correção: Esta alternativa está incorreta. O modelo cognitivo-comportamental pode ser usado em conjunto com tratamento farmacológico, especialmente quando os sintomas são severos. A TCC é uma abordagem psicoterapêutica que pode ser combinada com medicamentos para otimizar os resultados.
D. A estratégia sensitiva para o transtorno do pânico é principiada pelo aproveitamento do modelo de educação emocional para a ansiedade e pânico.
- Correção: Esta alternativa está incorreta. A estratégia sensitiva não é um termo típico na TCC para o transtorno do pânico. A TCC usa mais comumente a educação sobre a ansiedade e técnicas de exposição para ajudar os pacientes a lidarem com os sintomas do pânico.
E. O foco desta terapia é transformar os pensamentos disfuncionais e esquemas desadaptativos. Esta abordagem visa que, ambos, paciente e terapeuta, interpelem os esquemas e pensamentos automáticos do cliente.
- Correção: Esta alternativa está correta. A TCC para o transtorno do pânico foca na identificação e modificação de pensamentos disfuncionais e esquemas desadaptativos. O objetivo é ajudar o paciente a reconhecer e reestruturar pensamentos automáticos que contribuem para o pânico, além de trabalhar na exposição gradual aos medos para reduzir a evitação e a ansiedade.
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