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Q1685672 Psiquiatria
Um professor de 43 anos de idade procura por atendimento, pois sente-se muito limitado pelo medo e pela ansiedade. Não anda mais de ônibus, não pega elevador, não consegue ficar em lugares que não tenham a possibilidade de “escapar” com facilidade. Qualquer lugar fechado ou com muitas pessoas lhe deixa com os “nervos à flor da pele”. Sente taquicardia, sudorese, escurece a visão, tem a sensação de que vai desmaiar ou perder o controle. Sair de casa provoca-lhe muito sofrimento. Não dorme no escuro e tem constantes sensações de sufocamento; por isso, dorme seminu e não bebe água em copo, somente em garrafa, porque teme asfixia. Essa situação iniciou-se há dois anos e vem crescendo. Tem faltado ao trabalho e evita o contato social com amigos e familiares. Procurou atendimento médico muitas vezes, pois acreditava que estava sofrendo um “ataque cardíaco”, porém nada era diagnosticado, até ser encaminhado para atendimento psiquiátrico. “Eu não aguento mais essa situação. É difícil convencer-me de que não tenho nada no coração, mas sei que isso é verdade”, diz o paciente.


Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 
O transtorno que o paciente apresenta, quando não vem associado ao transtorno do pânico, tem melhor prognóstico do que quando existe a associação entre as duas condições, situação que tende a ser incapacitante e crônica.
Alternativas

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Alternativa correta: E - errado

O tema central da questão é o transtorno de ansiedade, mais especificamente relacionado a situações de agorafobia e sua relação com o transtorno do pânico. O caso clínico apresentado descreve um professor que evita situações onde se sente preso ou sem uma saída fácil, uma característica comum na agorafobia.

A questão afirma que o transtorno apresentado pelo paciente, quando não está associado ao transtorno do pânico, tem um melhor prognóstico. Isso é incorreto. Na prática clínica, a agorafobia frequentemente tem uma associação significativa com o transtorno do pânico, e essa combinação pode sim ser incapacitante e de difícil tratamento. Contudo, mesmo a agorafobia sozinha pode ser crônica e debilitante, não apresentando necessariamente um melhor prognóstico quando não associada a ataques de pânico.

Vamos analisar por que a alternativa é errada:

  • Transtorno do Pânico: Caracteriza-se por ataques de pânico recorrentes e inesperados, com intensa ansiedade, que muitas vezes fazem com que o indivíduo evite situações ou lugares que associam aos ataques.
  • Agorafobia: É o medo e a evitação de lugares ou situações em que escapar pode ser difícil ou embaraçoso, ou onde ajuda pode não estar disponível em caso de um ataque de pânico.

Essas duas condições muitas vezes se sobrepõem e a presença de agorafobia com transtorno do pânico pode sim ser uma combinação complexa. No entanto, afirmar que a agorafobia sem o transtorno do pânico tem um prognóstico significativamente melhor é uma simplificação que não se aplica em todos os casos clínicos.

Portanto, a afirmação na questão está incorreta ao sugerir que a ausência de transtorno do pânico sempre leva a um melhor prognóstico na agorafobia.

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