Segundo a norma-padrão de emprego e colocação de pronomes, ...

Próximas questões
Com base no mesmo assunto
Q1029491 Português

Leia o texto de Hélio Schwartsman para responder à questão.


                                                Por quê?

      “Correlação não é causa” é um mantra que todos aqueles que já entraram numa aula de estatística ou de metodologia científica ouviram. E de fato não é. O canto do galo e o nascer do sol estão fortemente correlacionados, mas ninguém deve achar que é o som emitido pelo galináceo que provoca o surgimento do astro todas as manhãs.

      O problema é que, durante muito tempo, estatísticos e cientistas se deixaram cegar pelo mantra e renunciaram a investigar melhor a causalidade e desenvolver ferramentas matemáticas para lidar com ela, o que é perfeitamente possível. Essa pelo menos é a visão do cientista da computação Judea Pearl, exposta em “The Book of Why” (O livro do porquê), obra que escreveu com o matemático e jornalista científico Dana Mackenzie.

      Os prejuízos foram grandes. Muitas vidas se perderam porque, por várias décadas, a ciência julgou não ter meios para estabelecer com segurança se o cigarro causava ou não câncer, incerteza que a indústria do tabaco foi hábil em explorar.

      Em “The Book of Why”, Pearl e Mackenzie explicam de forma razoavelmente didática quais são as novas técnicas que permitem responder a perguntas causais como “qual a probabilidade de esta onda de calor ter sido provocada pelo efeito estufa?” ou “foi a droga X que curou a doença Y?”. Mais até, os autores falam em usar a estatística para destrinchar o obscuro mundo dos contrafactuais1 .

      Uma advertência importante que os autores fazem a entusiastas do “big data”2 é que não podemos nos furtar a entender as questões estudadas e formular teorias. Não se chega a lugar nenhum só com dados e sem hipóteses.

      Minha sensação, pela retórica empregada (não tenho competência para avaliar tecnicamente), é que Pearl exagera um pouco. Ele faz um uso pouco comedido de termos como “revolução” e “milagre”. Mas é um cientista de primeira linha e, mesmo que ele esteja aumentando as coisas em até 30%, ainda sobram muitas ideias fascinantes no livro.

                            (Hélio Schwartsman. 19.08.2018. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

1contrafactual: simulação (sentido aproximado)

2big data: grande banco de dados

Segundo a norma-padrão de emprego e colocação de pronomes, o trecho do texto está reescrito corretamente na alternativa:
Alternativas

Comentários

Veja os comentários dos nossos alunos

GABARITO: LETRA E

A) ... investigar melhor a causalidade... (2° parágrafo) / investigar-lhe melhor → incorreto, visto que temos um verbo transitivo direto (quem investiga, investiga alguma coisa) logo o "lhe" não poderia ser usado, visto que não faz papel de um objeto direto, o correto seria: investigá-la (verbos terminados em -r, -s e -z, essas letras saem e usa-se -lo(s), -la(s) como pronomes).

B) ... julgou não ter meios... (3° parágrafo) / julgou não lhes ter → mesmo caso anterior (quem tem, tem alguma coisa), advérbio de negação "não" atraindo o pronome: não os ter, porém verbo no infinitivo não conjugado, colocação facultativa, podendo ocorrer também a ênclise: não tê-los.

C) ... que curou a doença Y?... (4° parágrafo) / que lhe curou? → quem cura, cura alguma coisa (verbo transitivo direto, novamente não poderia ser usado o "lhe"), que a curou.

D) ... entender as questões estudadas... (5° parágrafo) / entender-las → faltou eliminar o "r", o correto seria: entendê-las.

E) ... que ele esteja aumentando as coisas... (6° parágrafo) / que ele as esteja aumentando → correto.

FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

Arthur Carvalho é polivalente, está em todas!!!

Parabéns guerreiro.

Partículas atrativas de Pronomos Oblíquos Átonos (P.O.A), macete: SUJEITO QUE NÃO.

Letra D é entendê-lás, se ler rápido já era! rs

EU RAPIDO KKKKKKK

Clique para visualizar este comentário

Visualize os comentários desta questão clicando no botão abaixo