No trecho: "A economista tem feito campanha por dois caminh...
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Ano: 2024
Banca:
IBPTEC
Órgão:
Prefeitura de Lagarto - SE
Provas:
IBPTEC - 2024 - Prefeitura de Lagarto - SE - Professor de Educação Básica - Matemática
|
IBPTEC - 2024 - Prefeitura de Lagarto - SE - Professor de Educação Básica - Pedagogia |
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Q3233554
Português
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É mito pensar que todos os pobres são
empreendedores, diz ganhadora do Nobel de
Economia
Uma das mais respeitadas economistas do mundo
quando o assunto é pobreza, a francesa Esther Duflo
tem gastado muito do seu tempo falando sobre os
ricos.
Seja em palestras em que fala de uma “dívida moral”
dos bilionários que poluem mais do que ninguém o
planeta ou em reuniões do G20, o grupo das maiores
economias do mundo, onde tenta convencer governos
sobre a criação de um fundo global para o combate às
mudanças climáticas.
Nobel de Economia em 2019, ela quer deixar clara a
"dupla crueldade" sobre as alterações no clima do
planeta: quem mais polui sofre menos; quem menos
polui sofre mais.
Duflo, que foi convidada para ir ao G20 pelo governo
do Brasil, esteve no país em junho para explicar a uma
plateia formada por estudantes universitários,
economistas e autoridades no Sesc 14 Bis, em São
Paulo, uma pergunta que a essa altura do texto você já
deve estar se perguntando: e de onde viria esse
dinheiro?
A economista tem feito campanha por dois caminhos:
aumentar o imposto global sobre as maiores
empresas multinacionais do mundo (dos atuais 15%
para 21%) e uma nova taxa sobre a fortuna das 3 mil
pessoas mais ricas.
“Acho que é justo pensar que não é porque um
bilionário vive na França que o dinheiro é
necessariamente da França para gastar por conta
própria. Os produtos deles são vendidos em todo o
mundo, são produzidos em todo o mundo. Podemos
pensar neste dinheiro como sendo o dinheiro do
mundo”, diz em entrevista à BBC News Brasil.
Um dinheiro que, para Duflo, deveria ajudar a
reconstruir lugares como o Rio Grande do Sul,
devastado pelas enchentes em maio deste ano.
Mas se o assunto climático vem se impondo com a
urgência do momento, ainda é seu trabalho sobre a
economia dos mais pobres que segue por trás de todo
o seu pensamento.
Duflo venceu o Nobel - junto aos economistas Abhijit
Banerjeee (seu marido) e Michael Kremer - "por sua
abordagem experimental para aliviar a pobreza global,
projetando estratégias com o uso uma metodologia
semelhante à aplicada em testes clínicos".
Isso é: ir a pequenas comunidades, selecionar
aleatoriamente um grupo para aplicar um projeto de
política pública e avaliar depois como foram os
resultados.
Se positivos, implementar de uma forma mais ampla.
Se negativo, tentar de novo. Essa metodologia, aplicada em países como Índia e Quênia, fez com que
Duflo derrubasse alguns “mitos” sobre os mais pobres.
“A primeira coisa que notei quando desembarquei na
Índia é que as pessoas mais pobres vivem vidas muito
mais normais do que eu esperava”, relembra a
economista sobre o início da carreira há mais de 30
anos.
Em seus experimentos, Duflo mostrou que dar um
empréstimo para pessoas muito pobres iniciar um
novo negócio não leva a uma melhoria drástica em seu
bem-estar.
“É claro que não estamos dizendo que não existem
empreendedores genuínos entre os pobres —
conhecemos muitas pessoas assim. Mas também há
muitos deles que dirigem um negócio condenado a
permanecer pequeno e não lucrativo”, escreve em seu
livro A Economia dos Pobres (Editora Zahar, 2021).
“Talvez os muitos negócios dos pobres sejam menos
um testemunho de seu espírito empreendedor do que
um sintoma do fracasso dramático das economias em
que vivem em oferecer-lhes algo melhor”
Hoje aos 52 anos, Duflo ainda divide seu tempo como
codiretora do Abdul Latif Jameel Poverty Action Lab
(J-pal), um centro de pesquisa global que trabalha
para reduzir a pobreza, professora no Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (o MIT) e presidente da
Escola de Economia de Paris.
(https://www.bbc.com/portuguese/articles/cy0845rkz
82o#:~:text=%C3%89%20mito%20pensar%20que%20t
odos,ganhadora%20do%20Nobel%20de%20Economia&
text=Uma%20das%20mais%20respeitadas%20econom
istas,tempo%20falando%20sobre%20os%20ricos.)
No trecho: "A economista tem feito campanha por
dois caminhos: aumentar o imposto global sobre as
maiores empresas multinacionais do mundo (dos
atuais 15% para 21%) e uma nova taxa sobre a fortuna
das 3 mil pessoas mais ricas."
Qual é a função textual dos parênteses usados após "multinacionais do mundo"?
Qual é a função textual dos parênteses usados após "multinacionais do mundo"?