Assinale a opção em que a reescrita do segundo período do s...
Texto CG4A1-II
Em 13 de maio de 1888, o Estado brasileiro aboliu oficialmente a escravidão clássica, com a assinatura, pela princesa Isabel, da Lei Áurea. Entretanto, tal ato estatal não significou sua extinção no mundo dos fatos, pois, apesar da proibição da possibilidade jurídica de se exercer o direito de propriedade sobre uma pessoa humana, o Estado deixou de implementar reformas sociais, principalmente fundiárias e de inclusão social, que viabilizassem a reconstrução do país e, assim, a superação do problema, especialmente o da reinserção da mão de obra outrora escrava no mercado de trabalho livre e assalariado.
No período pós-abolição da escravidão clássica, as condições de miserabilidade dos escravos recém-libertos permaneceram, especialmente pelo fato de os postos de trabalho assalariados serem destinados aos imigrantes europeus, conjuntura essa que desenhava o perfil da escravidão contemporânea. A fragilidade das leis que regulavam as relações de trabalho, à época, apesar de protagonizarem a “liberdade de contratar”, sucumbia à realidade dos fatos, que submetia os ex-escravos e demais campesinos vulneráveis à sujeição às mesmas condições de exploração exacerbada do escravismo clássico colonial.
De forma semelhante ao retrato da escravidão do passado, a escravidão contemporânea consiste em grave violação a direitos fundamentais, ao limitar a liberdade da pessoa humana do trabalhador, atingindo-lhe o status libertatis e, com efeito, a sua dignidade. Vilipendia direitos mínimos e caros à autodeterminação humana e viola valores e princípios sagrados e essenciais à sobrevivência distintiva com relação aos seres irracionais e que alicerçam as balizas mínimas de dignidade.
A escravidão contemporânea deve ser concebida como a coisificação, o uso e o descarte de seres humanos: o limite e o instrumento necessários para garantir o lucro máximo. Trata-se da superexploração gananciosa do homem pela forma mais indigna possível: na escravidão dos dias atuais, o ser humano é transformado em propriedade do seu semelhante, que está em uma posição de classe economicamente superior – e isso ocorre a tal ponto que se anula o poder deliberativo da sua função de trabalhador: ele pode até ter vontades, mas não pode realizá-las.
Internet:<https://acervo.socioambiental.org>
- Gabarito Comentado (1)
- Aulas (2)
- Comentários (27)
- Estatísticas
- Cadernos
- Criar anotações
- Notificar Erro
Gabarito comentado
Confira o gabarito comentado por um dos nossos professores
Clique para visualizar este gabarito
Visualize o gabarito desta questão clicando no botão abaixo
Comentários
Veja os comentários dos nossos alunos
A fragilidade das leis que regulavam as relações de trabalho, à época, apesar de protagonizarem a “liberdade de contratar”, sucumbia à realidade dos fatos, que submetia os ex-escravos e demais campesinos vulneráveis à sujeição às mesmas condições de exploração exacerbada do escravismo clássico colonial.
A) Apesar de protagonizar a “liberdade de contratar”, a fragilidade das leis que regulavam as relações de trabalho
Observem o tempo dos verbos
B)que submetia os ex-escravos e demais campesinos vulneráveis a sujeição as mesmas condições de exploração exacerbada do escravismo clássico colonial.
Vemos aqui o não cumprimento da crase.
C) A fragilidade das leis que regulavam as relações de trabalho, à época, apesar de protagonizarem a “liberdade de contratar”, sucumbia à realidade dos fatos, que submetia os ex-escravos e demais campesinos vulneráveis à sujeição das mesmas condições de exploração exacerbada ao escravismo clássico colonial.
Para mim a mais difícil de eliminar, mas o erro está no /das mesmas/. A palavra /mesmo/ é usada de forma errada a muito tempo no Brasil e quando isso aparece em questão complica demais
D)A fragilidade das leis que, à época, regulavam as relações de trabalho, apesar de protagonizarem a “liberdade de contratar”, sucumbia à realidade dos fatos. Essa realidade submetia os ex-escravos e demais campesinos vulneráveis à sujeição às mesmas condições de exploração exacerbada do escravismo clássico colonial.
ALTERNATIVA CORRETA
E)A fragilidade das leis que regulavam as relações de trabalho, à época, embora protagonizasse a “liberdade de contratar”, sucumbe à realidade dos fatos, que submete os ex-escravos e demais campesinos vulneráveis à sujeição às mesmas condições de exploração exacerbada do escravismo clássico colonial.
Noto uma alteração de sentido em /protagonizasse/ e também erros de concordância com os verbos:
regulavam, protagonizasse e sucumbe
ESSA QUESTÃO TEM UM NIVEL MUITO ALTO KKKK DEMOREI HORAS PRA RESOLVER!!! SE EU TIVER COMETIDO ALGUM ERRO POR FAVOR ME DESCULPEM.
GAB D mas ñ entendi pq a letra A está errada
Questão em que se tratando da cebraspe eu deixaria em branco.
Se vc olhar o texto original, verá que o sujeito da forma verbal 'protagonizarem' é o pronome relativo 'que', que retoma 'leis', isso explica o verbo em questão estar no plural. Na alternativa A, independente da mudança de lugar, o verbo deveria se manter no plural, para se manter a msm relação. Esse é o erro da alternativa: ela muda o referente, do original 'leis' (que levaria o verbo ao plural) para o termo 'fragilidade', alterando o sentido do texto.
Eu tbm errei.
O difícil de responder correção assim é que na leitura nosso celebro fazem correções automaticamente
Clique para visualizar este comentário
Visualize os comentários desta questão clicando no botão abaixo
Conheça nossos planos