As doenças cerebrovasculares estão em segundo lugar no topo...

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Q2250657 Enfermagem
As doenças cerebrovasculares estão em segundo lugar no topo de doenças que mais acometem vítimas com óbitos no mundo. A Linha do Cuidado do Acidente Vascular Cerebral (AVC), instituída em 2012 e parte integrante da Rede de Atenção às Urgências e Emergências, propõe uma redefinição de estratégias que deem conta das necessidades específicas do cuidado ao AVC. Segundo o Manual de rotinas de atenção ao AVC (2013) do Ministério da Saúde, é correto afirmar que
Alternativas

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Vamos analisar a questão proposta e as alternativas apresentadas, com foco na alternativa correta e nos motivos que tornam as demais incorretas.

Alternativa correta: E - deficits neurológicos leves (sem repercussão funcional significativa), cirurgia de grande porte ou procedimento invasivo nos últimos 14 dias, e punção lombar nos últimos 7 dias são critérios de exclusão.

A alternativa E está correta porque esses são, de fato, critérios de exclusão para a administração de alguns tratamentos específicos para AVC, como a trombólise. Esses critérios são definidos para evitar complicações graves que possam surgir a partir da intervenção, uma vez que procedimentos recentes ou déficits neurológicos podem aumentar o risco de hemorragia.

Agora, vamos analisar as alternativas incorretas:

Alternativa A: a tomografia de crânio sem contraste e a ultrassonografia são os exames de imagem recomendados para diagnóstico e diferenciação entre AVC isquêmico e AVC hemorrágico.

Essa alternativa está incorreta porque, embora a tomografia de crânio sem contraste seja um exame essencial para diferenciar entre AVC isquêmico e hemorrágico, a ultrassonografia não é o exame principal utilizado para esse diagnóstico. O exame de imagem padrão para essa diferenciação é a tomografia, com a possibilidade de ressonância magnética em alguns casos.

Alternativa B: a escala de avaliação recomendada para utilização no pré-hospitalar é a escala NIHSS, por seu alto nível de acurácia.

Essa alternativa está incorreta. A escala NIHSS (National Institutes of Health Stroke Scale) é amplamente utilizada no ambiente hospitalar para avaliar a gravidade do AVC, mas no pré-hospitalar, a escala mais recomendada é a Cincinnati Prehospital Stroke Scale (CPSS) ou a FAST (Face Arm Speech Test), que são mais simples e rápidas de aplicar.

Alternativa C: os principais sinais de AVC são perda de força e sensibilidade, cefaleia, dificuldade de fala e febre.

Essa alternativa está parcialmente correta, mas é incorreta devido à inclusão de "febre" como um dos sinais principais de AVC. Os principais sinais de AVC incluem perda de força muscular, dificuldade de fala (disartria ou afasia) e alterações sensoriais. A cefaleia pode ocorrer, especialmente em AVC hemorrágico, mas a febre não é um sinal característico de AVC.

Alternativa D: os principais fatores de risco para AVC são sexo feminino, crianças e raça negra.

Essa alternativa está incorreta. Embora a raça negra seja um fator de risco para AVC devido à maior prevalência de hipertensão e diabetes, os outros fatores citados são imprecisos. Os principais fatores de risco incluem hipertensão, diabetes, tabagismo, dislipidemia, entre outros. Sexo feminino e crianças não são considerados os principais fatores de risco para AVC.

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Para esclarecer a questão, é importante ressaltar que o Manual de rotinas de atenção ao AVC do Ministério da Saúde é um documento que estabelece diretrizes para o atendimento de pacientes com suspeita de Acidente Vascular Cerebral. A resposta correta é a alternativa E, que afirma serem critérios de exclusão para determinados manejos terapêuticos no AVC: deficits neurológicos leves (sem repercussão funcional significativa), cirurgia de grande porte ou procedimento invasivo nos últimos 14 dias, e punção lombar nos últimos 7 dias. Isso se deve ao fato de que procedimentos invasivos recentes ou condições específicas do paciente podem aumentar o risco de complicações se forem realizados determinados tratamentos, como a trombólise. Por exemplo, pacientes que sofreram punção lombar recentemente podem ter um risco elevado de sangramento no local da punção se submetidos à trombólise. Portanto, esses critérios são importantes para a segurança do paciente e eficácia do tratamento. As demais alternativas contêm informações imprecisas ou incorretas: A tomografia de crânio sem contraste é sim utilizada para diferenciar entre AVC isquêmico e hemorrágico, mas a ultrassonografia não é padrão para esse diagnóstico (alternativa A); a escala de avaliação recomendada para o pré-hospitalar é a FAST, não a NIHSS (alternativa B); febre não é um sinal principal de AVC (alternativa C); e os fatores de risco principais para AVC não são sexo feminino, crianças e raça negra, mas sim hipertensão, idade avançada e tabagismo, entre outros (alternativa D).

LETRA E

Critérios de exclusão

• Início dos sintomas > 4 horas e 30 minutos.

• Desconhecimento do horário do inicio dos sintomas ou despertar com os sintomas (desde que o tempo entre a última vez que o paciente foi visto sem déficits for superior a 4 horas e 30 minutos);

Trombólise: contra-indicações / risco

• Hemorragia intracraniana prévia (independente do tempo) ou história de malformação arteriovenosa ou aneurisma cerebral (lesões com baixo risco de sangramento com aneurismas não rotos devem ser avaliadas caso a caso);

• Neoplasia intracraniana maligna;

• AVC isquêmico ou infarto agudo do miocárdio < 3 meses;

• Suspeita de dissecção de aorta;

Punção de LCR em menos de 7 dias;

• Punção recente em vaso não compressível; • Sangramento ativo (exceto menstruação);

• Sangramento gastrointestinal ou gênito-urinário nos últimos 21 dias.

• Crise epiléptica na instalação dos sintomas.

Poderá receber trombólise caso médico emergencista/neurologista julgue que não se trate de Paralisia de Todd. • Coagulopatias: plaquetas < 100.000/mm3, uso de heparina nas últimas 48 horas e TTPA> limite superior ou uso recente de anticoagulante oral e elevação do TP (INR>1.5);

• Trauma craniano fechado e/ou trauma de face < 3 meses.

• Pressão arterial > 185/110mmHg apesar de tratamento.

• Cirurgia de grande porte nos últimos 14 dias.  

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