Dadas as afirmativas seguintes sobre a história da Bibliote...

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Q861487 Biblioteconomia

Dadas as afirmativas seguintes sobre a história da Biblioteconomia e das bibliotecas,


I. A Unesco criou o programa de Controle Bibliográfico Universal, gerenciado pela IFLA, atuando em bases cooperativas, o que significa respeito aos padrões e que cada um dos países cooperados deverá responsabilizar-se por seu controle bibliográfico nacional, por intermédio de uma ou mais entidades designadas.

II. O Brasil, conforme acontece em outros campos, confirma a dependência aos países estrangeiros, principalmente os EUA, ao adotar instrumentos como as AACR2 (Anglo American Cataloguing Rules, 2ª edição) e não ter dispensado em momento algum esforços para a criação de um código de catalogação brasileiro.

III. O primeiro evento no sentido da normalização internacional dos registros bibliográficos foi a Conferência internacional sobre Princípios de Catalogação – os Princípios de Paris realizada em 1961 e que teve como resultado um documento que padronizava as informações contidas na descrição bibliográfica em oito áreas e com uso de pontuação específica.


verifica-se que está(ão) correta(s)

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A alternativa correta é a D - I, apenas.

Vamos entender o motivo disso:

I. A afirmativa aborda o Controle Bibliográfico Universal criado pela Unesco, que é gerenciado pela IFLA. Este programa é realmente baseado em uma colaboração internacional, onde cada país é responsável por seu controle bibliográfico nacional. Esta afirmação é correta e reflete a realidade do esforço global para coordenar e padronizar informações bibliográficas.

II. Relacionada à adoção de AACR2 (Anglo American Cataloguing Rules, 2ª edição), esta afirmativa sugere que o Brasil nunca buscou desenvolver um código de catalogação próprio. Na verdade, a adoção de padrões internacionais como o AACR2 não significa dependência, mas sim um alinhamento com práticas aceitas globalmente para facilitar a troca de informações. Assim, esta afirmação é incorreta.

III. A afirmativa menciona a Conferência Internacional sobre Princípios de Catalogação, conhecida como Princípios de Paris, realizada em 1961. Embora o evento tenha sido significativo para a padronização, ele não estabeleceu a normalização em oito áreas específicas, como mencionado. O foco estava em princípios gerais para a catalogação. Por isso, esta afirmativa é também incorreta.

Com base na análise, apenas a afirmativa I está correta, confirmando a alternativa D.

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Alternativa D.

I. A Unesco criou o programa de Controle Bibliográfico Universal, gerenciado pela IFLA, atuando em bases cooperativas, o que significa respeito aos padrões e que cada um dos países cooperados deverá responsabilizar-se por seu controle bibliográfico nacional, por intermédio de uma ou mais entidades designadas. CORRETO.

II. O Brasil, conforme acontece em outros campos, confirma a dependência aos países estrangeiros, principalmente os EUA, ao adotar instrumentos como as AACR2 (Anglo American Cataloguing Rules, 2ª edição) e não ter dispensado em momento algum esforços para a criação de um código de catalogação brasileiro.

ERRADO. É um equívoco afirmar que o Brasil só não criou seu próprio código para não ter de se esforçar para tanto, o intercâmbio bibliográfico é essencial para as bibliotecas e é impossível sem que as unidades não se utilizem do mesmo código de catalogação.

III. O primeiro evento no sentido da normalização internacional dos registros bibliográficos foi a Conferência internacional sobre Princípios de Catalogação – os Princípios de Paris realizada em 1961 e que teve como resultado um documento que padronizava as informações contidas na descrição bibliográfica em oito áreas e com uso de pontuação específica.

ERRADO.

A Declaração dos Princípios original, conhecida comumente como os “Princípios de Paris”, foi aprovada pela Conferência Internacional sobre Princípios de Catalogação, em 1961”1 . Seu objetivo de servir como base para a normalização internacional da catalogação foi alcançado: a maioria dos códigos de catalogação que se desenvolveram no mundo desde então seguiram estritamente os Princípios ou, ao menos, em grande parte.

Na afirmativa 3, a citação "um documento que padronizava as informações contidas na descrição bibliográfica em oito áreas e com uso de pontuação específica" se refere ao ISBD, que foi fruto da RIEC (1969) e não da Conferência de Paris.

I - A UNESCO criou o o programa de controle bibliográfico Universal, gerenciado pela Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA), atuando em bases cooperativas. Cooperação significa, além do respeito aos padrões, que cada país deverá responsabilizar-se por seu controle bibliográfico nacional, por intermédio de uma ou mais entidades designadas, geralmente a biblioteca nacional ou instituição similiar. Tal programa elegeu como norma básica para descrição bibliográfica a ISBD e como formato de intercambio o UNIMARC.

II - Entre 1934 e 1963 muitos foram os trabalhos que preconizaram a criação de um código de catalogação brasileiro, ou código para paises de língua portuguesa. [...] As ideias não prosperaram, obtendo-se apenas normas para cabeçalhos de nomes em língua portuguesa.

III - Na Conferência de Paris concretizou-se a decisão sobre nomes pessoais e títulos uniformes. Determinou-se que o nome da pessoa responsável pela obra ou assunto da obra, teria o cabeçalho de acordo com o uso da língua ou país da pessoa. Já os títulos uniformes, deve-se utilizar o título original ou título pelo o qual a obra é mais conhecida. Discutiram-se também a questão dos cabeçalhos para entidades coletivas, mas estas continuam geraram e continuam gerando celeumas intermináveis e há acordo sobre o assunto até hoje.

O evento que originou as ISBDs foi a RIEC em 1969.

MEY, Eliane Serrão Alves. Introdução à catalogação. Brasilía, DF: Briquet de Lemos, 1995. 123 p., 21 cm. Bibliografia: p. 115-117. ISBN 85-8585637-06-4.

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