Em seu texto, o autor chama a atenção para uma singularidade...

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Q942364 Português
Atenção: Utilize o texto abaixo para responder a questão.

      Outro dia, em busca de determinada informação, caiu-me às mãos um calendário de 1866. Por força do hábito, examinei-o pelo avesso e descobri um panorama encantador. Como todos antes dele, foi um ano cheio de domingos. Nasceu e morreu gente. Declararam-se guerras e fizeram-se as pazes, não necessariamente nessa ordem. O barco a vapor, o telégrafo e a fotografia eram as grandes novidades, e já havia no ar um xodó pela tecnologia. Mas não adiantava: aquele mundo de 150 anos atrás continuava
predominantemente literário.
        Eram tempos em que, flanando pelas grandes cidades, os mortais podiam cruzar com os escritores nas ruas — poetas, romancistas, pensadores —, segui-los até seus cafés, sentar-se à mesa do lado, ouvir o que eles diziam e, quem sabe, puxá-los pela manga e oferecer-lhes fogo. Talvez em nenhuma outra época tantos gênios morassem nas mesmas cidades, quem sabe até em bairros vizinhos. E todos em idade madura, no auge de suas vidas ativas e criativas.
       Na Paris de 1866, por exemplo, roçavam cotovelos Alexandre Dumas, Victor Hugo, Baudelaire. Em Lisboa, Antero de Quental, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz. E, no Rio, bastava um pulinho à rua do Ouvidor para se estar diante de Machado de Assis e José de Alencar.
Que viagem, a 1866.
(Adaptado de: CASTRO, Ruy. Viagem a 1866. Disponível em: www.folha.uol.com.br
Em seu texto, o autor chama a atenção para uma singularidade do ano de 1866 que diz respeito
Alternativas

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Tema da Questão: Interpretação de Texto

Essa questão pede que você identifique uma característica singular do ano de 1866, conforme descrito no texto fornecido. Para isso, é essencial compreender o contexto apresentado pelo autor e analisar as alternativas com base no que foi lido.

Alternativa Correta: A - à concentração de grandes escritores partilhando os mesmos espaços.

No texto, o autor destaca a presença de grandes escritores vivendo nas mesmas cidades e até em bairros vizinhos, como na Paris de 1866, onde se encontravam Dumas, Hugo e Baudelaire. Essa convivência próxima é a singularidade que o autor ressalta sobre o ano de 1866. Assim, a alternativa A, que fala sobre a "concentração de grandes escritores partilhando os mesmos espaços", é a correta.

Análise das Alternativas Incorretas:

B - à maneira como os leitores tinham maior reverência pelos escritores.
O texto não menciona a reverência dos leitores em relação aos escritores. A ênfase está na proximidade física dos escritores e não na atitude dos leitores.

C - ao modo displicente com que os escritores andavam pelas ruas.
A ideia de displicência não é abordada no texto. O autor fala sobre a possibilidade de encontrar escritores nas ruas, mas sem sugerir que eles eram displicentes.

D - ao fato de os escritores terem uma relação de amizade com os leitores.
Não há menção a uma relação de amizade entre escritores e leitores no texto. A proximidade mencionada é espacial, não necessariamente relacional.

E - à existência de estabelecimentos especializados em receber escritores.
O texto não fala sobre estabelecimentos especializados em receber escritores, mas sim sobre o fato de eles frequentarem espaços comuns como ruas e cafés.

Estratégia para Resolução: Ao enfrentar questões de interpretação de texto, é fundamental identificar palavras-chave e ideias centrais no texto. Essa prática ajuda na escolha correta das alternativas, descartando as que não se alinham com o que foi explicitamente mencionado ou implícito no texto.

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2º PARAGRAFO: Eram tempos em que, flanando pelas grandes cidades, os mortais podiam cruzar com os escritores nas ruas — poetas, romancistas, pensadores —, segui-los até seus cafés, sentar-se à mesa do lado, ouvir o que eles diziam e, quem sabe, puxá-los pela manga e oferecer-lhes fogo. Talvez em nenhuma outra época tantos gênios morassem nas mesmas cidades, quem sabe até em bairros vizinhos. E todos em idade madura, no auge de suas vidas ativas e criativas.


3º PARAGRAFO: Na Paris de 1866, por exemplo, roçavam cotovelos Alexandre Dumas, Victor Hugo, Baudelaire. Em Lisboa, Antero de Quental, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz. E, no Rio, bastava um pulinho à rua do Ouvidor para se estar diante de Machado de Assis e José de Alencar.

Que viagem, a 1866.


A

à concentração de grandes escritores partilhando os mesmo

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