Na opinião do autor do texto, o amor deve ser considerado como
Muitos duvidam da existência do amor. Muitos afirmam ser ele uma invenção da literatura. Outros, que se trata de uma projeção neurótica imaginária. Uma patologia da família das manias. Há quem suspeite de que seja uma doença da alma. Estão errados.
Quem conhece o amor sabe que ele habita entre nós. E sua presença nos faz sentir vivos. Por isso, o ressentimento é cego ao amor.
A falta de amor na vida produz um certo ceticismo em relação ao mundo. Ou pior: o sentimento de inexistência.
Um dos pecados maiores da inteligência é chegar à conclusão de que o amor é uma ficção. Muitas vezes, pessoas supostamente inteligentes consideram o amor algo ingênuo e pueril.
A desconfiança se acha a mais completa das virtudes morais ou cognitivas. A armadilha de quem desconfia sempre é que ele mesmo se sente inexistente para o mundo porque este é sempre visto com desprezo.
Outra suposta arma contra o amor é a hipocrisia. A hipótese de a hipocrisia ser a substância da moral pública parece que inviabiliza o amor por conta de sua cegueira para com esta hipocrisia mesma. É verdade: o amor não vê a hipocrisia. Søren Kierkegaard (1813-1855) diz que há um "abismo escancarado" entre eles.
O amor é concreto como o dia a dia. Engana-se quem considera o amor abstrato e fantasioso. Kierkegaard nos lembra que o amor só se conhece pelos frutos. Isso implica que não há propriamente uma percepção do amor que não seja prática. O gosto do amor é a confiança nas coisas que ele dá a quem o experimenta.
(Adaptado de: PONDÉ, Luiz Felipe Disponível em: www.folha.uol.com.br)
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Vamos analisar a questão, que é de interpretação de texto. O objetivo é entender como o texto apresentado define o amor segundo a perspectiva do autor.
Primeiro, é importante identificar no texto as passagens que falam sobre a natureza do amor. O autor refuta a ideia de que o amor seja uma invenção ou uma doença, argumentando que o amor é algo concreto, real e perceptível em nosso dia a dia. Ele menciona que o amor "só se conhece pelos frutos", indicando que suas manifestações e efeitos são tangíveis.
Vamos agora analisar as alternativas:
A - um sentimento que, ainda que ilusório, desafia a falsidade social.
Esta alternativa está incorreta porque o autor não considera o amor ilusório. Pelo contrário, ele o descreve como algo concreto.
B - um artifício aprazível criado pela imaginação do amante.
Também incorreta. O texto ressalta que o amor não é uma criação imaginária, mas sim uma realidade concreta.
C - algo comparável a um desvio doentio àquilo que é considerado normal.
Incorreta. O autor refuta a visão do amor como uma doença ou desvio.
D - algo concreto, cujos desdobramentos podem ser percebidos na realidade.
Correta! Esta alternativa reflete fielmente a opinião do autor de que o amor é concreto e perceptível através de suas manifestações no dia a dia.
E - um estado de alheamento, relacionado à imaturidade de quem ama.
Incorreta. Em nenhum momento o texto associa o amor à imaturidade ou a um estado de alheamento.
Portanto, a alternativa D é a correta, pois está alinhada com o que o autor expressa sobre o amor ser concreto e manifesto na realidade.
Lembre-se: ao interpretar um texto, busque sempre por palavras-chave e trechos que sustentem a ideia central do autor. Isso ajuda a identificar a resposta correta com confiança.
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Comentários
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Gabarito: Letra D
A justificativa se encontra inteiramente no último parágrafo do texto:
O amor é concreto como o dia a dia (algo concreto). Engana-se quem considera o amor abstrato e fantasioso. Kierkegaard nos lembra que o amor só se conhece pelos frutos. Isso implica que não há propriamente uma percepção do amor que não seja prática. ( cujos desdobramentos podem ser percebidos na realidade ). O gosto do amor é a confiança nas coisas que ele dá a quem o experimenta.
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Também acertei com facilidade. Agora é estudar muito para as outras questões. (compreender o português com facilidade)
Quem mais ficou com medo de errar por estar na cara a resposta?
P/ ñ zerar...
textos assim fcc, assim fcc. não aqueles textos loucos que a gente le, rele, le de novo e não entende absolutamente nada.
bons estudos TRTEIROS!!
Deus tem o melhor para os que lutam com garra e constância.
abraços.
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