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Q2606659 Filosofia

Nós começamos pelo belo como tal. E esta ideia que é una, ir-se-á diferenciando, particularizando, a partir de si própria irá originando a variedade, a multiplicidade, as diferenças, as múltiplas e diversas formas e figuras da arte que, então, se vêm a apresentar como produções necessárias.

(HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Fenomenologia do Espírito. Petrópolis: Vozes, 1992.)


Principal representante do idealismo alemão, Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu em 27 de agosto de 1770. É autor de uma obra rica e profunda que aborda dentro de si uma gama enorme de assuntos, tais como a consciência, a ética, a política, a estética, a religião e a história. Sobre a arte, especificamente, ele afirma que:

Alternativas

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A alternativa correta é a Alternativa D. Esta alternativa reflete a visão de Hegel sobre a arte e o belo, que não são apenas subjetivos ou objetivos, mas sim uma interação complexa entre ambos. Hegel acreditava que o artista, ao esculpir uma pedra, não está apenas expressando uma visão pessoal, mas está, de fato, transformando o mundo por meio de sua obra. Essa transformação é um produto da síntese entre a ideia do artista (subjetivo) e a realidade material (objetivo).

Vamos explorar agora as alternativas incorretas:

A - A alternativa sugere que a arte é resultado apenas do objeto, com o sujeito sendo submisso à natureza objetiva. Isso contradiz a filosofia de Hegel, pois ele enfatiza a integração entre sujeito e objeto na produção artística. Para Hegel, a arte envolve a contribuição ativa do sujeito, ou seja, do artista, que efetua uma mediação entre sua ideia interna e a realidade externa.

B - Nesta alternativa, afirma-se que a beleza é um acidente efêmero e supérfluo. Hegel, pelo contrário, via a beleza como uma manifestação essencial do espírito, que revela verdades profundas sobre a realidade e a humanidade. A beleza na arte, para ele, tem um propósito profundo e não é meramente acidental ou passageira.

C - Aqui é sugerido que qualquer ação humana seria considerada arte, o que é uma visão muito ampla e não coerente com a filosofia de Hegel. Para ele, a arte não é qualquer manifestação humana, mas sim aquelas que têm a capacidade de expressar o espírito de forma elevada e significativa. Nem toda ação humana atinge esse patamar de expressão.

A filosofia de Hegel sobre a arte e o belo é complexa e rica, enfatizando o papel transformador da arte, que vai além da mera expressão subjetiva ou da realidade objetiva. A arte, para Hegel, é uma forma de revelar e compreender o espírito humano em sua totalidade.

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