Paciente do sexo feminino de 75 anos, com doença isquêmica m...
Paciente do sexo feminino de 75 anos, com doença isquêmica miocárdica é encaminhada para vigilância de Esôfago de Barrett C6M6 há 5 anos. Na última EDA, realizada há 3 meses, foi identificada displasia de alto grau nas biópsias realizadas conforme protocolo de Seattle – confirmada por dois patologistas especializados.
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No presente exame, observa-se que a extensão do Barrett está inalterada, agora associada à lesão de 5 mm Classificação Paris 0-IIa na área de Barrett adjacente à junção esofagogástrica – utilizado endoscópio de alta definição, com luz branca.
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A paciente foi submetida a ressecção endoscópica da lesão focal por técnica de mucosectomia, seguida de ablação por radiofrequência do segmento metaplásico remanescente. O exame histopatológico da lesão ressecada evidenciou adenocarcinoma bem diferenciado, intramucoso.
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Com relação à escolha do tratamento endoscópico, analise as afirmativas a seguir.
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I. Trata-se de lesão T1a em que a terapêutica endoscópica deve ser preferida à esofagectomia, em especial considerando a idade e as comorbidades da paciente.
II. Devem ser realizadas biópsias aleatórias da cárdia para documentar a ausência de metaplasia intestinal no exame endoscópico subsequente à terapia de erradicação; a ablação desta área é tecnicamente mais difícil, porque esta é uma área de recorrência frequente e mesmo um endoscopista experiente, utilizando cromo endoscopia, pode não detectar metaplasia intestinal.
III. Comparando mucosectomia de todo o segmento metaplásico com mucosectomia da lesão focal associada à ablação por radiofrequência do restante do Esôfago de Barrett: ambas têm igual eficácia na erradicação da metaplasia intestinal, sendo que a mucosectomia integral está associada à maior incidência de complicações, especialmente estenoses.
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Está correto o que se afirma em