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Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: IABAS Prova: IBADE - 2019 - IABAS - Médico Pediatra |
Q1122552 Medicina

P.C.R, 2 anos, é levada ao atendimento de emergência com história de febre iniciada há 24 horas e crise convulsiva tônico-clônica generalizada, há 30 minutos atrás, com duração de 3 minutos. Foi seu primeiro episódio de crise convulsiva desde o nascimento. Apresentava, no momento, exame físico neurológico normal, incluindo nível de consciência adequado e ausência de rigidez de nuca. Tem história familiar de crise convulsiva febril.

Aconduta adequada neste caso é:

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Alternativa Correta: A - fazer o diagnóstico da etiologia infecciosa e orientar a família quanto à benignidade do quadro.

A questão aborda o manejo de uma crise convulsiva febril em uma criança de 2 anos. Entender essa condição requer conhecimento sobre crises convulsivas febris, que são comuns na pediatria e, geralmente, benignas.

Justificativa para a Alternativa Correta (A):

Crises convulsivas febris são convulsões desencadeadas por febre em crianças pequenas, geralmente entre 6 meses e 5 anos. Elas são benignas e não causam danos cerebrais duradouros. O exame físico neurológico normal e a ausência de sintomas como rigidez de nuca indicam a ausência de infecção no sistema nervoso central, como meningite. A presença de história familiar também sugere que se trata de uma crise convulsiva febril simples. Portanto, a conduta correta é diagnosticar a causa da febre e tranquilizar a família quanto à benignidade dessas crises.

Análise das Alternativas Incorretas:

B - Solicitar tomografia de crânio e o parecer da neuropediatra: Não é necessário, pois a criança apresenta um exame neurológico normal e ausência de sinais sugestivos de lesão intracraniana ou condição grave. Realizar exames de imagem ou consultar um especialista não é indicado em casos de crises febris simples.

C - Solicitar eletroencefalograma e o parecer da neuropediatra: Também não é necessário, já que o eletroencefalograma não é útil na avaliação de crises febris simples, que são autolimitadas e benignas.

D - Realizar punção lombar e iniciar Ceftriaxone venoso: Essa abordagem é indicada quando há suspeita de meningite, o que não é o caso aqui, dado que não há rigidez de nuca ou outros sinais de infecção do sistema nervoso central.

E - Realizar punção lombar e uma dose de Diazepam intravenoso: A punção lombar é desnecessária pela mesma razão citada acima, e o Diazepam intravenoso não é uma medida para crises simples autolimitadas.

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No caso da paciente P.C.R, 2 anos, que apresentou um episódio de crise convulsiva tônico-clônica generalizada e febre, a conduta adequada é a alternativa A - fazer o diagnóstico da etiologia infecciosa e orientar a família quanto à benignidade do quadro. Isso porque o quadro clínico sugere uma convulsão febril, uma condição comum em crianças, geralmente benigna e autolimitada. O exame físico neurológico normal, incluindo nível de consciência adequado e ausência de rigidez de nuca, também indica uma causa provável infecciosa, que pode ser viral ou bacteriana. Como é o primeiro episódio de crise convulsiva desde o nascimento, não é necessário realizar exames de imagem ou eletroencefalograma neste momento, a menos que ocorram novos episódios ou outros sinais de alarme. A punção lombar e o uso de antibióticos não são indicados nesse caso, a menos que haja suspeita de meningite bacteriana, o que não parece ser o caso. É importante orientar a família sobre o manejo da febre e a possibilidade de novas convulsões, além de realizar o acompanhamento clínico adequado.

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