Quanto ao uso da linguagem no desenvolvimento, segundo Piag...

Alternativa correta: A - A linguagem possibilita à criança evocar um objeto ou acontecimento ausente na comunicação de conceitos.

No contexto do desenvolvimento infantil, Jean Piaget, um renomado teórico da psicologia do desenvolvimento, elaborou uma teoria que articula o crescimento cognitivo com etapas específicas. Ele sustentava que a linguagem e o pensamento estão intrinsecamente relacionados, mas não são dependentes um do outro – isto é, o pensamento pré-existe e pode se desenvolver independentemente da linguagem. Contudo, quando a linguagem surge, ela enriquece o pensamento ao possibilitar que as crianças se comuniquem sobre coisas que não estão presentes fisicamente, o que é conhecido como função simbólica ou representativa da linguagem.

Para compreender a alternativa correta (A), é importante perceber que Piaget viu a linguagem como um veículo que amplia a cognição ao permitir que as crianças discutam e pensem sobre o passado, o futuro, o imaginário, o ausente, e assim por diante. Isso facilita o desenvolvimento de conceitos abstratos e a comunicação com os outros, o que é crucial para o avanço do conhecimento e para a interação social.

É por isso que a Alternativa A está correta, pois ela reflete adequadamente o entendimento de Piaget sobre o papel da linguagem no desenvolvimento cognitivo: a linguagem serve como uma ferramenta importante para evocar e comunicar sobre objetos ou eventos que não estão presentes, ampliando assim o alcance do pensamento.

Para resolver essa questão com sucesso, é necessário ter conhecimento sobre a teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget e a relação que ele estabelece entre linguagem e pensamento. Além disso, entender as etapas do desenvolvimento cognitivo e a ideia de que a linguagem é uma habilidade que emerge e auxilia no desenvolvimento de funções mentais mais complexas é fundamental.

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A linguagem possibilita à criança evocar um objeto ou acontecimento ausente na comunicação de conceitos.

A mobilidade e complexidade da coordenação de esquemas sensório -motores alcançados até então abrem novas possibilidades para uma coordenação de esquemas já não mais sucessivos e atuantes diretamente sobre os objetos externos, mas, ao contrário daqueles, interiorizados e combinados mentalmente. Assim, na sexta fase da inteligência sensório-motora, perante obstáculos infranqueáveis pelos procedimentos anteriormente conhecidos, a criança inventa soluções através de manobras ou operações simplesmente mentais. Desse modo, os esquemas anteriores são evocados para agir sobre os objetos, e essa evocação (ação interior de esquemas) se produz tendo como apoio símbolos ainda materiais Pensamento e linguagem 123 Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, n. 1, p. 119-127, jan./abr. 2006 (gestos imitativos) que se reportam a ações e objetos particulares