Na obra Ideias para ensinar português para alunos surdos...

A alternativa correta para a questão é: Errado.

Vamos entender melhor o contexto e a justificativa para essa resposta.

O tema central desta questão é o processo de aquisição da linguagem em crianças surdas, filhas de pais surdos, e como elas desenvolvem a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). O estudo de Quadros e Schmiedt (2006) é frequentemente citado para entender essas etapas de aquisição linguística.

Essas autoras discutem que, aos dois anos de idade, crianças surdas já começam a produzir sinais, mas com certas limitações. A questão sugere que, nessa idade, as crianças utilizam um número restrito de configurações de mão para produzir sinais. Isso está de acordo com estudos linguísticos que mostram que a competência linguística inicial das crianças, surdas ou ouvintes, tende a ser limitada e gradualmente se expande.

Entretanto, a parte crítica da questão é a afirmação de que as expressões interrogativas ou negativas ainda não são marcadas pelas expressões não manuais em crianças dessa faixa etária. As expressões não manuais, como movimentos de sobrancelhas ou expressões faciais, são fundamentais na LIBRAS para marcar questões gramaticais como interrogativas e negativas.

O erro na proposição está em subestimar a habilidade das crianças surdas em usar essas expressões não manuais. Pesquisas indicam que, embora possam haver limitações, crianças surdas já começam a experimentar e usar algumas expressões não manuais básicas desde cedo, desenvolvendo gradualmente essa habilidade com o suporte visual e gestual contínuo no ambiente familiar e social.

Portanto, considerando que crianças surdas de pais surdos estão frequentemente imersas em um ambiente de comunicação por sinais desde o nascimento, é mais provável que já se iniciem na utilização de expressões não manuais antes dos dois anos de idade. Isso torna a proposição incorreta.

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No estágio de um sinal, que se inicia por volta dos doze meses de idade, podendo ocorrer até aos dois anos, sensivelmente, a criança surda produz gestos, que podem diferir dos sinais produzidos mais tarde