“A razão humana, num determinado domínio dos seus conhecimen...

A alternativa correta é a E.

Immanuel Kant, na sua obra Crítica da Razão Pura, propõe uma abordagem inovadora sobre como compreendemos o conhecimento. A questão aborda a ideia central do pensamento kantiano, que é entender os limites e as possibilidades da razão humana.

Kant propõe que o conhecimento é composto por dois elementos: o a priori e o a posteriori. O a priori refere-se ao conhecimento que já existe em nós, ou seja, as estruturas mentais e categorias que moldam nossa percepção. Já o a posteriori significa o conhecimento que adquirimos através da experiência, o que recebemos de fora.

Assim, a alternativa E está correta ao afirmar que, para Kant, o conhecimento vem de algo a posteriori e de algo a priori.

Agora, vejamos por que as outras alternativas estão incorretas:

A: Kant não acreditava que a razão humana pudesse provar a existência de Deus. Para ele, a existência de Deus, a liberdade da vontade e a imortalidade da alma são ideias que a razão pura não pode provar empiricamente, embora sejam importantes no âmbito prático da moralidade.

B: Kant desafia a metafísica tradicional ao questionar suas fundações. Ele não a considera como a "filosofia primeira" no sentido tradicional, mas busca reformular a metafísica para explicar os limites da razão humana.

C: Diferentemente dos empiristas, Kant não via a razão como uma "folha em branco". Ele argumentava que a mente possui estruturas e categorias inatas que influenciam como percebemos e compreendemos o mundo.

D: Embora Kant concorde com os racionalistas que temos estruturas inatas, ele não acredita que todo conhecimento vem apenas de dentro de nós. Ele propõe uma síntese entre o racionalismo e o empirismo, reconhecendo a importância tanto do a priori quanto do a posteriori.

Com isto, entendemos que Kant propôs uma nova maneira de entender o conhecimento humano, que é uma combinação das experiências sensoriais e das estruturas inatas da mente. Esse entendimento é essencial para compreender a crítica kantiana à razão pura.

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