Durante um atendimento de emergência, uma vítima de acident...
1. A aplicação de um torniquete proximal ao local da lesão é indicada como medida temporária para controlar a hemorragia arterial até que a intervenção cirúrgica definitiva seja possível, sendo recomendada em hemorragias que não respondem à pressão direta (PHTLS, 2023).
2. A pressão direta sobre o ferimento com compressas estéreis deve ser sempre a primeira medida, e o uso de torniquete deve ser reservado para situações em que a pressão direta não consegue controlar a hemorragia arterial (ATLS, 2023).
3. A utilização de agentes hemostáticos tópicos, como géis e pós, é indicada como adjuvante em situações em que a compressão direta e o torniquete não são suficientes para o controle eficaz da hemorragia arterial ativa (NEJM, 2023).
4. A liberação periódica do torniquete a cada 30 minutos é indicada para evitar danos teciduais causados por isquemia prolongada, mesmo que a hemorragia ainda persista (PHTLS, 2023).
5. A reposição volêmica com cristaloides deve ser iniciada de forma moderada, sendo focada no controle da hemorragia para evitar exacerbação do sangramento até que a hemorragia esteja sob controle (ATLS, 2023).
Alternativas:
Comentários
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Gabarito: Letra A
A ALTERNATIVA CORRETA É: A - Apenas os itens 1, 2 e 3 são verdadeiros.
JUSTIFICATIVA:
- Item 1: A aplicação de torniquete proximal à lesão é indicada quando a hemorragia arterial não pode ser controlada por outros meios, como compressão direta, e o sangramento coloca a vida do paciente em risco. Essa medida é temporária até que a intervenção definitiva seja possível. Esta recomendação está de acordo com o PHTLS (2023). Verdadeiro.
- Item 2: A pressão direta sobre o ferimento é sempre a primeira medida a ser tomada para controlar hemorragias. O uso de torniquete deve ser considerado apenas quando a pressão direta não for eficaz. Isso está descrito no ATLS (2023). Verdadeiro.
- Item 3: A utilização de agentes hemostáticos tópicos, como géis ou pós, pode ser útil como adjuvante em casos de hemorragia arterial ativa, onde a compressão direta ou o torniquete não são suficientes. Esses agentes são usados para auxiliar no controle da hemorragia, conforme descrito no NEJM (2023). Verdadeiro.
- Item 4: A liberação periódica do torniquete a cada 30 minutos não é recomendada. Isso pode causar complicações adicionais e agravar o quadro, em vez de ajudar. De acordo com o PHTLS (2023), o torniquete deve ser mantido até o atendimento definitivo, sem liberação periódica. Falso.
- Item 5: A reposição volêmica deve ser iniciada de forma agressiva para tratar o choque hemorrágico, mas o foco inicial deve ser o controle da hemorragia. O uso excessivo de cristaloides pode exacerbar o sangramento antes que a hemorragia esteja controlada. Falso.
ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS INCORRETAS:
- Alternativa B: Falsa, pois o item 4 é incorreto, já que a liberação periódica do torniquete não é recomendada.
- Alternativa C: Falsa, pois o item 4 é incorreto, mesmo que os itens 1, 2 e 3 estejam corretos.
- Alternativa D: Falsa, pois o item 4 é incorreto, embora o restante seja verdadeiro.
- Alternativa E: Falsa, pois o item 4 é incorreto, e a reposição volêmica deve ser cuidadosa, como descrito no ATLS.
EM RESUMO: A alternativa correta é A, pois os itens 1, 2 e 3 estão de acordo com as diretrizes mais recentes de manejo de hemorragias arteriais, enquanto os itens 4 e 5 estão incorretos.
PONTOS CHAVE:
- O torniquete é uma medida temporária para controlar a hemorragia grave.
- A pressão direta deve ser a primeira medida de controle.
- Agentes hemostáticos tópicos podem ser utilizados como adjuvantes no controle de hemorragias quando as medidas iniciais não são suficientes.
- Não se deve liberar o torniquete periodicamente; ele deve ser mantido até a intervenção cirúrgica.
- A reposição volêmica deve ser feita com cautela e focada no controle da hemorragia.
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