Rosa Margarida é uma conhecida escritora de livros de autoaj...
Considerando a narrativa acima, assinale a alternativa correta.
- Gabarito Comentado (1)
- Aulas (4)
- Comentários (52)
- Estatísticas
- Cadernos
- Criar anotações
- Notificar Erro
Gabarito comentado
Confira o gabarito comentado por um dos nossos professores
Vamos analisar a questão sobre o inquérito policial e a violação de direitos autorais. O tema central é a instauração do inquérito policial e a necessidade de representação da vítima em crimes de ação penal pública condicionada.
O crime de violação de direitos autorais, previsto no art. 184, §3º, do Código Penal, é um crime de ação penal pública condicionada à representação. Isso significa que, para que o Ministério Público possa oferecer denúncia, é necessário que a vítima manifeste formalmente o desejo de que o autor do crime seja processado.
Na questão, o inquérito policial foi instaurado com base na denúncia feita pelo marido da vítima, Rosa Margarida, sem a representação da própria vítima. Vamos agora analisar as alternativas:
A - O Delegado agiu corretamente. Encerrado o inquérito policial, deve encaminhá-lo ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis.
Incorreto. O inquérito não poderia ser instaurado sem a representação da vítima. O simples encaminhamento ao Ministério Público sem esse requisito não é adequado.
B - O Delegado agiu incorretamente. O marido da ofendida não poderia ter obtido o número do telefone do autor das ameaças sem prévia autorização judicial, pois tal informação é sigilosa.
Incorreto. A questão aqui não é sobre sigilo de comunicações, mas sobre a necessidade da representação da vítima para a instauração do inquérito.
C - O Delegado agiu incorretamente. A instauração do inquérito nesse caso depende de representação da ofendida, não podendo ser suprida por requerimento de seu marido.
Correto. Como o crime de violação de direitos autorais é de ação penal pública condicionada à representação, a manifestação do desejo de processar deve partir da vítima ou de seu representante legal. O marido da vítima, por si só, não tem legitimidade para suprir essa representação.
D - O Delegado agiu incorretamente. A instauração do inquérito policial nesse caso depende de requisição do Ministério Público, pois a interceptação telefônica é imprescindível à apuração dos fatos.
Incorreto. Não há interceptação telefônica mencionada na questão. O problema é a falta de representação da vítima.
E - O Delegado agiu corretamente. Encerrado o inquérito policial, deve entregar os autos à vítima, mediante recibo, para que a mesma possa oferecer queixa crime.
Incorreto. Nos crimes de ação penal pública condicionada, não cabe à vítima oferecer queixa-crime, mas sim ao Ministério Público, após a devida representação.
Estratégia de Interpretação: Ao resolver questões sobre inquérito policial e ação penal, é importante verificar se o crime é de ação penal pública incondicionada, condicionada ou de ação penal privada. Isso determina quem pode dar início ao procedimento investigativo.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!
Clique para visualizar este gabarito
Visualize o gabarito desta questão clicando no botão abaixo
Comentários
Veja os comentários dos nossos alunos
Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos:
§ 3° Se a violação consistir no oferecimento ao público, mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em um tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda, com intuito de lucro, direto ou indireto, sem autorização expressa, conforme o caso, do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor de fonograma, ou de quem os represente:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 186. Procede-se mediante:
IV - ação penal pública condicionada à representação, nos crimes previstos no § 3o do art. 184.
"Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la". (Art 5, parágrafo 5, do CPP).
Neste caso, seria a representação por Rosa Margarida e não pelo seu marido.
Art. 5 §4ºO inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
O Delegado agiu incorretamente. A instauração do inquérito nesse caso depende de representação da ofendida, não podendo ser suprida por requerimento de seu marido.
Alguém saberia me dizer se está instalação no telefone um identificador de chamadas, não seria considerada prova ilícita?
Clique para visualizar este comentário
Visualize os comentários desta questão clicando no botão abaixo