Considere a passagem abaixo. A mercadoria não se impõe como ...

Alternativa correta: D - Georg Lukacs

O tema da questão aborda a crítica de Henri Lefebvre à teoria da reificação, que é uma noção central na obra de Georg Lukacs. A reificação, segundo Lukacs, se refere ao processo pelo qual relações sociais se tornam coisificadas, ou seja, tratadas como coisas ou mercadorias. Lefebvre contesta essa visão ao argumentar que a mercadoria não transforma seres humanos em coisas, exceto em casos extremos como a escravidão e a prostituição.

Para compreender e responder corretamente a essa questão, é necessário um conhecimento básico das teorias marxistas e das contribuições específicas dos autores mencionados. Vamos detalhar cada alternativa para esclarecer por que a correta é a alternativa D e por que as outras estão incorretas.

Justificativa da alternativa correta:

D - Georg Lukacs: Georg Lukacs é o principal teórico da reificação no contexto do marxismo. Sua obra "História e Consciência de Classe" é fundamental para compreender a crítica de Lefebvre. Lukacs desenvolveu a ideia de que, no capitalismo, relações sociais se tornam objetificadas e tratadas como mercadorias, perdendo seu caráter humano. A crítica de Lefebvre é direta a essa interpretação, afirmando que os seres humanos não se transformam literalmente em coisas.

Justificativa das alternativas incorretas:

A - Karl Korsch: Embora também um teórico marxista, Korsch focou-se mais na relação entre teoria e prática revolucionária e na crítica ao positivismo, em vez de desenvolver uma teoria da reificação como Lukacs.

B - Antonio Gramsci: Gramsci é conhecido por suas análises sobre hegemonia cultural e bloco histórico. Sua obra não se centra na teoria da reificação, sendo mais direcionada à superestrutura e às formas de dominação ideológica.

C - Louis Althusser: Althusser é conhecido por sua teoria estruturalista sobre a ideologia e os aparelhos ideológicos de Estado. Ele não é o principal alvo da crítica de Lefebvre sobre reificação, pois seu foco está na reprodução das condições sociais e ideológicas do capitalismo.

E - Karel Kosik: Kosik, embora tenha discutido a dialética e a reificação em sua obra "Dialética do Concreto", não é a figura central a que Lefebvre se refere diretamente em sua crítica. Kosik é mais um comentador e desenvolvedor das ideias de Lukacs.

Espero que esta explicação tenha ajudado a esclarecer o tema e as razões para a escolha da alternativa correta. Caso tenha mais dúvidas ou queira aprofundar algum ponto, estou à disposição!

. Lukács sustenta que a disseminação da reificação não é completa, sendo perpassada por brechas que possibilitam a sua superação, facultando a passagem ao socialismo. Segundo História e consciência de classe, a lógica da produção capitalista estabelece limites objetivos apenas para a consciência de classe da burguesia.