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Q2133051 Fonoaudiologia
Vítor, 4 anos e 10 meses, foi levado ao fonoaudiólogo por sua cuidadora com queixa de “trocas na fala”. Durante a anamnese, a mãe relatou que a criança nasceu com 37 semanas de gestação, em uma cesárea. Vítor nasceu com icterícia e foi colocado no CPAP; não foram relatadas outras intercorrências. A Triagem Auditiva Neonatal (TAN) foi realizada na maternidade. No laudo, constam emissões otoacústicas transientes presentes bilateralmente. Segundo a cuidadora, esse foi o único exame auditivo realizado pela criança até o presente momento. A mãe refere que a criança apresenta muitos quadros de infecção respiratória. Tendo em vista as Diretrizes de Atenção Triagem Auditiva Neonatal, assinale a alternativa correta.
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Vamos analisar a questão apresentada sobre a Triagem Auditiva Neonatal (TAN), com foco no caso de Vítor e suas condições ao nascimento.

Alternativa correta: C - A triagem auditiva neonatal para o caso deveria ter utilizado a avaliação do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico.

Explicação do Tema Central:

A Triagem Auditiva Neonatal (TAN) é um procedimento fundamental para detectar precocemente possíveis alterações auditivas nos recém-nascidos. É realizada logo após o nascimento para identificar bebês com risco de perda auditiva, permitindo intervenções imediatas e melhor prognóstico no desenvolvimento linguístico e social.

Em geral, a TAN utiliza as Emissões Otoacústicas Evocadas (EOA), que são sons emitidos pela cóclea em resposta a estímulos acústicos. Essa técnica é eficaz em condições normais, mas pode ser complementada pelo Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) em casos que apresentem fatores de risco, como nascimento prematuro, icterícia neonatal ou uso de ventilação mecânica.

Justificativa da Alternativa Correta (C):

No caso de Vítor, devido a fatores como icterícia e o uso de CPAP ao nascer, o uso do PEATE seria mais indicado. Este exame é mais abrangente e pode detectar problemas que as emissões otoacústicas não conseguem identificar, principalmente em crianças com antecedentes de risco. Portanto, a alternativa C está correta, pois indica que o PEATE deveria ter sido utilizado na triagem auditiva de Vítor.

Análise das Alternativas Incorretas:

  • A: A realização de novas emissões otoacústicas após 30 dias não é uma prática padrão. O reexame com EOA não é obrigatório se não houver falha inicial ou fatores de risco adicionais identificados.
  • B: Embora o PEATE possa ser indicado, não há uma recomendação específica para realizá-lo exatamente aos 18 meses, mas sim em casos de suspeita ou risco inicial de perda auditiva.
  • D: A avaliação audiológica aos 24 meses só se justifica caso surjam novas queixas ou sinais de perda auditiva. No entanto, a presença de fatores de risco deveria ter motivado uma avaliação mais precoce.
  • E: O uso de medicações ototóxicas não foi mencionado como parte do tratamento de Vítor para infecções respiratórias. Além disso, o fator principal para uma nova avaliação audiológica seria a presença de risco inicial detectado na triagem neonatal.

Em resumo, a escolha pelo Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico na triagem inicial de Vítor é justificada pelos riscos associados ao seu nascimento.

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