“O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei be...

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Q761728 Português

TEXTO 2 - O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e generosa, ainda largamente ignorada em suas medidas de proteção e promoção. Mesmo quanto às sanções previstas no estatuto, antes de se chegar à internação, há uma série de outras menos severas, como a advertência, a prestação de serviços à comunidade e a liberdade assistida, que são frequentemente ignoradas, passando-se diretamente à privação de liberdade, mesmo em casos em que isso não se justifica. Os poderes públicos, inclusive o Judiciário, estão em dívida com a sociedade por conta da inobservância do estatuto em sua integralidade.

Reconheço que a punição não é o único remédio para a violência cometida pelos jovens. Evidentemente, políticas sociais, educação, prevenção, assistência social são medidas que, se aplicadas no universo da população jovem, terão o condão, efetivamente, de reduzir a violência. Mas, em determinados casos, é preciso uma punição mais eficaz do que aquelas preconizadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. (Aloysio Nunes Ferreira, Época).

“O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e generosa, ainda largamente ignorada em suas medidas de proteção e promoção”.


A inclusão de uma vírgula entre os dois segmentos (texto 2) faz supor a implícita existência de um conector entre eles; tal conector deveria representar:

Alternativas

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Alternativa correta: B - uma adversidade, como “porém”.

Explicação:

A questão aborda o uso da pontuação, especificamente a vírgula, e como ela pode implicar em uma conexão implícita entre dois segmentos de uma frase. Para resolver a questão, é necessário compreender as relações semânticas entre as partes do texto, como concessão, adversidade, conclusão, explicação e proporcionalidade.

No trecho do texto, temos: “O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e generosa, ainda largamente ignorada em suas medidas de proteção e promoção.” A vírgula antes de "ainda largamente ignorada" sugere uma relação de adversidade.

A relação entre as duas partes da frase é contrastante: de um lado, o ECA é descrito como uma lei justa e generosa; do outro, aponta-se que suas medidas são ignoradas. Esse contraste é típico de uma relação de adversidade, que pode ser introduzida por conectores como "porém" ou "todavia".

Justificativa das alternativas:

A - uma concessão, como “ainda que”: A concessão indicaria uma situação em que algo ocorre apesar de outra circunstância. No entanto, o texto trata de uma oposição direta entre o reconhecimento da qualidade da lei e a ignorância em sua aplicação. Portanto, "ainda que" não se aplica corretamente.

C - uma conclusão, como “logo”: A conclusão sugeriria que a segunda parte da frase é uma consequência da primeira, o que não é o caso aqui. A segunda parte não é uma consequência, mas sim um contraponto.

D - uma explicação, como “pois”: A explicação adicionaria uma razão ou justificativa para a primeira parte da frase. No entanto, a segunda parte não explica, mas contrasta com a primeira afirmação.

E - uma proporcionalidade, como “à medida que”: A proporcionalidade indicaria uma relação de crescimento ou diminuição concomitantes entre dois fatos. Este não é o caso aqui, já que o texto coloca dois fatos que se contrapõem.

Conclusão:

A alternativa B está correta porque a vírgula antes de “ainda largamente ignorada” sugere uma conexão de adversidade, indicando que, apesar de o ECA ser uma lei justa e generosa, suas medidas são amplamente ignoradas, o que é um contraste e não uma concessão, conclusão, explicação ou proporcionalidade.

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Comentários

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Por que não pode ser a opção "a"? 

Mesma dúvida!

 

 

“O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e generosa, PORÉM ainda largamente ignorada em suas medidas de proteção e promoção”. (modo indicativo - ela é ignorada)

 

“O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e generosa, EMBORA ainda seja ignorada largamente em suas medidas de proteção e promoção”. (verbo no modo subjuntivo)

 

Vale a pena estudar, NÃO OBSTANTE  (verbo haver no presente do indicativo) contratempos.

(x) conjunção adversativa
( ) conjunção concessiva

Vale a pena estudar, NÃO OBSTANTE haja (verbo haver no presente do subjuntivo) contratempos.

( ) conjunção adversativa
(x) conjunção concessiva

 

Comentário: A locução conjuntiva NÃO OBSTANTE pode ser adversativa (quando vem seguida de verbo no modo indicativo) ou concessiva (quando vem seguida de verbo no modo subjuntivo). Logo, seria preciso guardar essa informação para acertar esse tipo de questão, porque tanto a adversidade quanto a concessão trabalham com a noção de oposição de ideias. 

 

→ Podemos concluir que a utilização de um conectivo adversativo ou a utilização de um conectivo concessivo, dependerá do modo verbal do verbo que vem na sequência. 

 

fonte da explicação: https://www.facebook.com/portuguescompestana/posts/629319393869205

"ainda que" é concessivo, pede verbo no subjuntivo.

Murilo e Jordana,

Acrescentar o termo "ainda que" à frase implicará erro gramatical. Vejamos: 

“O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e generosa, ainda que ainda largamente ignorada em suas medidas de proteção e promoção”

 

Sobra um "ainda" aí na frase... 

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