Segundo os PCN (1998), A aprendizagem de Língua Estrangeira...
Segundo os PCN (1998),
A aprendizagem de Língua Estrangeira é uma possibilidade de aumentar a autopercepção do aluno como ser humano e como cidadão. Por esse motivo, ela deve centrar-se no engajamento discursivo do aprendiz, ou seja, em sua capacidade de se engajar e engajar outros no discurso de modo a poder agir no mundo social (BRASIL, 1998, p. 15).
O documento afirma que
A inclusão de uma área no currículo deve ser determinada, entre outros fatores, pela função que desempenha na sociedade. Em relação a uma língua estrangeira, isso requer uma reflexão sobre o seu uso efetivo pela população. No Brasil, tomando-se como exceção o caso do espanhol, principalmente nos contextos das fronteiras nacionais, e o de algumas línguas nos espaços das comunidades de imigrantes (polonês, alemão, italiano etc.) e de grupos nativos, somente uma pequena parcela da população tem a oportunidade de usar línguas estrangeiras como instrumento de comunicação oral, dentro ou fora do país (BRASIL, 1998, p. 20).
A BNCC (2017) menciona apenas da Língua Inglesa (LI) e afirma que
Aprender a língua inglesa propicia a criação de novas formas de engajamento e participação dos alunos em um mundo social cada vez mais globalizado e plural, em que as fronteiras entre países e interesses pessoais, locais, regionais, nacionais e transnacionais estão cada vez mais difusas e contraditórias. Assim, o estudo da língua inglesa pode possibilitar a todos o acesso aos saberes linguísticos necessários para engajamento e participação, contribuindo para o agenciamento crítico dos estudantes e para o exercício da cidadania ativa, além de ampliar as possibilidades de interação e mobilidade, abrindo novos percursos de construção de conhecimentos e de continuidade nos estudos. É esse caráter formativo que inscreve a aprendizagem de inglês em uma perspectiva de educação linguística, consciente e crítica, na qual as dimensões pedagógicas e políticas estão intrinsecamente ligadas (BRASIL, 2017, p. 230).
Leia atentamente as afirmações feitas abaixo.
I- OS PCN afirmam que aprender línguas significa aprender conhecimento e seu uso, pois, diferentemente do que ocorre em outras disciplinas do currículo, na aprendizagem de línguas o que se tem a aprender é também, imediatamente, o uso do conhecimento, ou seja, o que se aprende e o seu uso devem vir juntos no processo de ensinar e aprender línguas.
II- A BNCC esclarece que o status da LI como língua franca implica firmá-la em um modelo de
falante universal e globalizado, ainda considerando a importância da cultura no ensino-aprendizagem
da língua e buscando treinar o mais possível os aspectos relativos à proficiência linguística.
III- Para os PCN, o uso da linguagem (tanto verbal quanto visual) é essencialmente determinado pela sua natureza sociointeracional, pois quem a usa considera aquele a quem se dirige ou quem produziu um enunciado. Todo significado é dialógico, isto é, é construído pelos participantes do discurso. O sócio construtivismo, desenvolvido por Lev Vygotsky (1896 – 1934), abrange a interação do aluno com o meio, buscando utilizar sempre a experiência que o aluno possui sobre determinados assuntos. O professor deve ser o mediador, deve incorporar o aluno à realidade, desenvolvendo um jovem crítico e construtor de conhecimentos.
IV- Para o trabalho pedagógico, no eixo Oralidade – presente na BNCC -, cabe ressaltar que diferentes recursos midiáticos verbo-visuais constituem insumos autênticos e significativos, imprescindíveis para a instauração de práticas de uso/interação oral em sala de aula e de exploração de campos em que tais práticas possam ser trabalhadas. Já no eixo Leitura, menciona que a vivência em leitura a partir de práticas situadas, envolvendo o contato com gêneros escritos e multimodais variados, de importância para a vida escolar, social e cultural dos estudantes, bem como as perspectivas de análise e problematização a partir dessas leituras, corroboram para o desenvolvimento da leitura crítica e para a construção de um percurso criativo e autônomo de aprendizagem da língua.
V- As práticas leitoras em LI, segundo os PCN, compreendem possibilidades variadas de contextos de uso das Línguas Estrangeiras (LE) para pesquisa e ampliação de conhecimentos de temáticas significativas para os estudantes, com trabalhos de natureza interdisciplinar ou fruição linguística de gêneros como poemas, peças de teatro etc.
Assinale a alternativa verdadeira.