Huizinga, ao definir o homem como homo ludens, mostra que o...

Gabarito: C

A alternativa correta é a letra C, que afirma que o jogo é uma atividade voluntária, sujeita a regras, que se realiza em um espaço e tempo próprios e que promove a evasão da realidade. Johan Huizinga, em sua obra "Homo Ludens", propõe que o jogo é fundamental para a constituição da cultura humana e que, ao longo da história, o jogo tem estado intrinsecamente ligado ao desenvolvimento cultural, social e intelectual da humanidade.

Para chegar à resposta correta, é importante compreender que Huizinga caracteriza o jogo como uma atividade que possui elementos distintivos, tais como ser voluntário, ou seja, não é obrigatório, é escolhido livremente pelos jogadores. O jogo também é regulado, o que significa que há regras que determinam como ele deve ser jogado. Ademais, ocorre em um espaço e tempo delimitados, separados da vida cotidiana, criando uma esfera especial onde a realidade é temporariamente suspensa. O aspecto de evasão da realidade enfatiza a idea de que, durante o jogo, os participantes estão de certo modo escapando das demandas e responsabilidades do mundo real.

Essa compreensão de jogo é essencial para o campo da Educação Física, uma vez que permite aos profissionais da área planejar atividades que não apenas estimulem habilidades físicas, mas também criem um ambiente propício ao desenvolvimento do caráter lúdico, tão importante para a experiência humana completa.

Portanto, a alternativa C encapsula de maneira mais completa e precisa os conceitos apresentados por Huizinga sobre o jogo, diferenciando-o de outras atividades como o trabalho ou o exercício forçado, e destaca seu papel significativo na cultura e no desenvolvimento humano.

Jogo “é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana” (HUIZINGA, 2007, p. 33).