No que se refere à linguagem, à tipologia textual, às ideias...
Machado de Assis. Teoria do medalhão. In: Obra completa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, v. II (com adaptações).
No diálogo apresentado, entre o personagem Janjão e seu pai, a fala inicial é introdutória do assunto e indica a surpresa do pai diante da maturidade de seu filho e o tom solene que irá permear a conversa em que o pai aconselha o filho a avaliar criticamente os valores da sociedade da época, o que torna o texto de Machado de Assis ainda adequado à atualidade.
Na minha humilde opinião a questão está errada em: a fala inicial é introdutória do assunto!
Na verdade o diálogo entre Janjão e o pai é uma crítica aos valores sociais da época, por isso é adequado à atualidade. O pai é o mais bitolado da história...
Questão errada.
O item começa certo e termina errado. O gabarito, portanto, fica "E".
CERTO - No diálogo apresentado, entre o personagem Janjão e seu pai, a fala inicial é introdutória do assunto e indica a surpresa do pai diante da maturidade de seu filho. Pode ser verificado entre as linhas 1 a 10.
ERRADO - o tom solene que irá permear a conversa em que o pai aconselha o filho a avaliar criticamente os valores da sociedade da época. O conselho do pai é para que Janjão NÃO avalie criticamente os valores sociais.
l.18-20: "Uma vez na carreira, deves pôr todo o cuidado nas ideias que houveres de nutrir para uso alheio e próprio.O melhor será não as ter absolutamente... "
l.24-26: "Pode acontecer, porém, que, com a idade, venhas a ser afligido de algumas ideias próprias; nesse caso, será necessário aparelhar fortemente o espírito."
l.30-36: "verás que muitos dos leitores, estimáveis cavalheiros, repetir-te-ão as mesmas opiniões, e uma tal monotonia é saudável. Com tal regime, durante — suponhamos — dois anos, reduzes o intelecto, por mais pródigo que seja, ao equilíbrio comum."
Arethusa Soares, você quis dizer: "...por isso NÃO é adequado à atualidade..." ?
Na minha opinião, a fala inicial não indica surpresa alguma.
aonde tem surpresa na frase?
Na minha humilde opinião, acho que o erro está na introdução, no ato de surpresa do pai, para mim, é apenas uma declaração espontânea.
textos de época nada acrescentam à vida de um servidor... as bancas poderiam adotar temas que se correlacionam com o mister do cargo pretendido.Procurei a tal da maturidade e não a achei, por isso marquei errado e acertei.
DONA CESPE tem mania de afirmar coisas que não existem estão lá...
ERRADO
O terceiro diálogo faz o leitor "confundir" a fala entre pai e filho, por isso, a questão faz a afirmação de que a fala indicaria a surpresa do pai, diante da maturidade do filho. Porém, no segundo período do diálogo, compreende-se que a fala é a do pai e não a do filho. Portanto, errado. Não indica a surpresa do pai com a maturidade do filho.
O pai, ao contrário, enxerga no filho IMATURIDADE e atos próprios da falta de maturidade, como não pensar por si proprio. Explico abaixo:
Primeiro, nas falas iniciais, NADA indica avaliação sobre maturidade ou não do filho. Ele menciona a idade, fala dos cargos e ofícios possíveis que o filho pode exercer e só.
Depois, ele mostra claramente que não enxerga maturidade intelectual no filho: "Tu, meu filho...pareces dotado de perfeita INÓPIA mental". Eu pensei: o que seria inópia? imaginei que seria inação, falta de pensar. O trecho logo a seguir, em que ele é irônico com o filho, esclarece o sentido pejorativo de INOPIA (que, na verdade, é indigência mental):
"Pode acontecer que venhas a ser afligido com ideias propias..."
Ou seja, o pai enxerga o filho imaturo e, como tal, sem ideias proprias.
também acho que não houve surpresa nenhuma em relação à maturidade do rapaz. Por isso marquei errado (cheia de medo de errar).
Tu, meu filho...pareces dotado de perfeita INÓPIA mental"
na verdade não há ''tom solene'' algum na conversa que ocorre nesse conto.
notem a quebra de ritmo na fala do pai do travessão um ao três - começa solene e depois vai ao imperativo. esta abrupta alteração de tom na fala indica o nível de seriedade que permeará a conversa toda.
obviamente não é preciso ler o conto para acertar a questão, mas quem já leu consegue notar mais nitidamente que o propósito daquela conversa, naquele momento, é a honestidade ''transparente'' entre um pai e um filho que inicia a vida adulta.
fica nítida a alternância entre o tom reticente do filho (uso de ''...'' e esquivas) e o tom hierárquico do pai. não há ''solenidade'' na conversa.
Gabarito: Errado.
O pulo dessa questão seria quanto a maturidade que o examinador afirmou no item. Em um determinado momento da narrativa, o pai fala que o filho possui inópia mental. O vocábulo "inópia" está associado a pobreza, no contexto, seria dizer pobreza mental, ausência de pensamentos/ideias, etc. Não há em nenhum momento uma surpresa pela maturidade do filho.
Bons estudos!
A questão está errada, pois não tem surpresa por parte do pai com a maturidade do filho. l.24-26: "Pode acontecer, porém, que, com a idade, venhas a ser afligido de algumas ideias próprias; nesse caso, será necessário aparelhar fortemente o espírito." ele não tem maturidade nenhuma e pai não fica surpreso com isso. QUESTÃO ERRADA.
No diálogo apresentado, entre o personagem Janjão e seu pai, a fala inicial é introdutória do assunto e indica a surpresa do pai diante da maturidade de seu filho e o tom solene que irá permear a conversa em que o pai aconselha o filho a avaliar criticamente os valores da sociedade da época, o que torna o texto de Machado de Assis ainda adequado à atualidade.