Pesquisadores do Rio de Janeiro descobriram uma forma d...

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Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: SEE-AC Prova: IBADE - 2019 - SEE-AC - Professor - Biologia |
Q1706212 Biologia
    Pesquisadores do Rio de Janeiro descobriram uma forma de bloquear a transmissão do parasita causador da doença de Chagas usando uma droga que impede a saída dele do intestino do barbeiro, inseto vetor da doença. [...]     O barbeiro se alimenta de sangue e o processo que ele usa para digeri-lo é muito específico. Ele libera um ácido que "divide o sangue em pedaços", chamados de heme. O heme é alimento para as células do barbeiro, mas, quando é produzido em grande quantidade, se torna tóxico.     Por isso acontece um mecanismo de defesa, uma reação química que transforma o excesso de heme em pedrinhas, os cristais de hemozoína.     Normalmente, esses cristais são eliminados nas fezes e carregam o parasita causador da doença de Chagas. [...]

Disponível em: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimasnoticias/redacao/2018/08/17/brasileiros-identificam-metodopara-barrar-transmissao-da-doenca-de-chagas.htm. Acesso em: 18 ago. 2018.

Os cristais de hemozoína carregam a forma de vida do Trypanosoma cruzi, conhecida como:
Alternativas

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Olá! Vamos analisar a questão e entender melhor o que está sendo perguntado.

A alternativa correta para a questão é: D - tripomastigota.

Primeiramente, é importante entender o ciclo de vida do Trypanosoma cruzi, o parasita causador da doença de Chagas. Esse ciclo inclui várias formas de vida:

  • Amastigota: Forma intracelular que se multiplica dentro das células do hospedeiro, especialmente em tecidos como o coração e o esôfago.
  • Epimastigota: Forma encontrada no intestino do barbeiro. Esta forma se multiplica no inseto vetor.
  • Tripomastigota: Forma infectante encontrada no sangue do hospedeiro e nas fezes do barbeiro. É a forma que pode infectar novas células do hospedeiro ou ser transmitida para um novo hospedeiro.
  • Esquizonte: Forma de desenvolvimento de alguns protozoários, mas não é relevante no ciclo de vida do Trypanosoma cruzi.
  • Trofozoítica: Refere-se ao estágio ativo de alimentação de alguns protozoários, mas não é uma forma típica reconhecida no ciclo de vida do Trypanosoma cruzi.

Agora, vamos justificar cada alternativa:

D - tripomastigota: Esta é a forma correta do parasita transportada pelos cristais de hemozoína nas fezes do barbeiro. A forma tripomastigota é responsável pela infecção quando entra em contato com o hospedeiro humano.

A - amastigota: Embora seja uma forma do Trypanosoma cruzi, ela é intracelular e não é encontrada nas fezes do barbeiro. Portanto, não é a forma transportada pelos cristais de hemozoína.

B - epimastigota: Esta forma está presente no intestino do barbeiro e se multiplica lá, mas não é a forma encontrada nas fezes. Por isso, não é a correta.

C - esquizonte: Esse termo se refere a uma fase de desenvolvimento de outros protozoários, como os agentes da malária, e não é relevante para o ciclo de vida do Trypanosoma cruzi.

E - trofozoítica: Embora "trofozoítica" se refira a uma fase ativa de alguns protozoários, não é uma forma reconhecida no ciclo de vida do Trypanosoma cruzi. Logo, essa alternativa também está incorreta.

Espero que esta explicação tenha ajudado a entender melhor o ciclo de vida do Trypanosoma cruzi e por que a forma tripomastigota é a correta nessa questão. Se tiver mais dúvidas ou precisar de mais detalhes, estou à disposição!

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A amastigota hospedeiro

B epimastigota intestino médio vetor

C esquizonte plasmódium malária

D tripomastigota intestino e fezes do triatomídeo

E trofozoítica O Trichomonas vaginalis não possui a forma cística, apenas a trofozoítica

Ciclo de vida do Trypanosoma

  • 1. Ao se alimentar de sangue, o inseto vetor Triatominae (ou percevejo) infectado libera tripomastigotas nas fezes perto do local da picada.
  • 2. As tripomastigotas penetram no hospedeiro pela ferida ou pelas mucosas íntegras (p. ex., conjuntiva). No hospedeiro, as tripomastigotas invadem as células próximas ao local da inoculação, onde se diferenciam em amastigotas intracelulares.
  • 3. Os amastigotas se multiplicam por fissão binária.
  • 4. A seguir, se diferenciam em tripomastigotas, e saem da célula e entram na corrente sanguínea. Os tripomastigotas na corrente sanguínea podem infectar as células em vários tecidos nos quais se transformam em amastigotas intracelulares e causam infecção sintomática. Os tripomastigotas não se multiplicam na corrente sanguínea, diferentemente dos tripanossomas africanos. A multiplicação só é retomada quando os parasitas entram em outra célula ou são ingeridos por outro vetor.
  • 5. O percevejo é infectado ao se alimentar de sangue humano ou animal contendo parasitas na circulação.
  • 6. As tripomastigotas ingeridas se transformam em epimastigotas no intestino médio do vetor.
  • 7. Os parasitas se multiplicam no intestino médio.
  • 8. No intestino distal, se diferenciam em tripomastigotas metacíclicos infecciosos, que são eliminados nas fezes.

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