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Q252155 Medicina Legal
A sexagem de restos mortais ou de manchas de sangue, lança mão da amplificação do gene da amelogenina, que se localiza nos cromossomos sexuais.
Normalmente o gene da amelogenina apresenta uma diferença de seis nucleotídeos entre homens e mulheres, sendo que o alelo masculino é maior que o feminino.
Em um teste de sexagem usando iniciadores da amelogenina, a partir de uma amostra de mancha de sangue, somente um alelo foi amplificado. Isso significa que:

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Alternativa correta: C - a amostra pertence a um indivíduo do sexo feminino.

Vamos entender o porquê dessa alternativa ser a correta e as outras não.

A questão aborda a sexagem de restos mortais ou manchas de sangue através da amplificação do gene da amelogenina. Este método é amplamente utilizado na Genética Forense para determinar o sexo. O gene da amelogenina está presente tanto no cromossomo X quanto no cromossomo Y, porém, com uma diferença significativa: o fragmento no cromossomo Y é seis nucleotídeos maior que no cromossomo X.

Quando se realiza um teste de sexagem, os iniciadores da amelogenina amplificam os alelos presentes. Em homens, é esperado que apareçam dois alelos distintos (um do cromossomo X e um do Y), enquanto que em mulheres, apenas um alelo será visível (o do cromossomo X).

No enunciado, foi dito que, a partir de uma amostra de mancha de sangue, somente um alelo foi amplificado. Isso indica que:

Alternativa C: a amostra pertence a um indivíduo do sexo feminino.

Agora, vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:

Alternativa A: a amostra pertence a um indivíduo do sexo masculino.

Essa alternativa está errada porque, se a amostra fosse de um homem, haveria dois alelos amplificados: um do cromossomo X e outro do Y.

Alternativa B: houve perda alélica do gene da amelogenina do cromossomo Y.

Embora tecnicamente possível, essa situação é altamente improvável num teste de sexagem padrão, e a resposta não seria apenas a presença de um alelo X, mas sim a ausência do alelo Y. Mesmo assim, a alternativa correta é mais diretamente suportada pelo dado fornecido.

Alternativa D: o resultado é inconclusivo.

O resultado não é inconclusivo porque a presença de somente um alelo claramente aponta para um indivíduo do sexo feminino. A técnica é confiável o suficiente para essa conclusão.

Alternativa E: a amostra é necessariamente de sangue menstrual.

Não há base para afirmar que a amostra seja de sangue menstrual. Isso é irrelevante para a determinação do sexo baseada no gene da amelogenina.

Portanto, a alternativa correta é a alternativa C, que afirma que a amostra pertence a um indivíduo do sexo feminino.

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AMELOGENINA

 

É uma proteina que compõe, juntamente com a enamelina, o esmalte dentário. O gene da Amelogenina localiza-se nos cromossomos sexuais X e Y, sendo extensivamente utilizado na rotina forense para determinação do sexo em amostras de origem desconhecida através da amplificação pela PCR. No cromossomo X, o gene AMELX origina um produto de amplificação de 106 pb e no cromossomo Y, o gene AMELY dá origem a um produto de 112 pb. O gene AMELX contem uma deleção de 6 pb no íntron1. Portanto, analisados após corrida eletroforética, amostras de origem masculina (XY) mostram duas bandas, uma para o fragmento de 106 pb e outra para o de 112 pb, enquanto que as amostras femininas (XX) demonstram somente uma banda de 106 pb. Desta forma, a análise do locus da Amelogenina determina o sexo genético da amostra estudada.

Gabarito: C

"A principal proteína do esmalte, a amelogenina, é codificada tanto no cromossomo X, presente nos homens e nas mulheres, como no cromossomo Y, presente apenas nos homens. “Encontramos 23 diferenças entre a amelogenina do cromossomo Y e a do cromossomo X. Com isso, nós conseguimos identificar, nas amostras estudadas, vários peptídeos da sequência de amelogenina codificados apenas no cromossomo Y, diferenciando assim corpos de homens e de mulheres."

Fonte: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-biologicas/proteinas-do-dente-permitem-identificar-se-um-corpo-e-masculino-ou-feminino-sem-dna/

Concluiu-se que, apesar da amostra ser composta por material degradado, a amplificação da amelogenina apresentou resultados satisfatórios na investigação do gênero biológico, mostrando-se como uma metodologia de ótimo custo-benefício capaz de complementar estudos antropológicos de identificação humana

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