Em relação ao controle da ventilação, assinale a alternativa...
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A alternativa correta é a alternativa C. Vamos entender o porquê e analisar todas as alternativas para esclarecer qualquer dúvida.
Alternativa C: "A distensão pulmonar, os gases tóxicos, a PCO2 do sangue arterial, a tosse e a dor são exemplos de situações que influenciam o controle da ventilação." Esta alternativa é correta porque o controle da ventilação é um processo complexo que envolve diversos fatores. A distensão pulmonar, por exemplo, é detectada por receptores de estiramento que enviam sinais ao sistema nervoso central para ajustar a frequência e a profundidade respiratória. Gases tóxicos e a PCO2 no sangue arterial também são importantes, pois altos níveis de CO2 (hipercapnia) estimulam a ventilação para eliminar o excesso de CO2. Além disso, a tosse e a dor são reflexos protetores que podem modificar o padrão respiratório.
Alternativa A: "O controle central é feito pelo bulbo respiratório, localizado próximo ao quiasma óptico." Esta alternativa está incorreta. O controle central da ventilação realmente envolve o bulbo (mais especificamente o bulbo raquidiano), porém ele está localizado no tronco encefálico, não próximo ao quiasma óptico. O quiasma óptico está localizado mais superiormente, na base do cérebro, próximo à hipófise.
Alternativa B: "O sistema límbico e o hipotálamo são partes do cérebro que não influenciam neste controle." Esta alternativa está incorreta. Tanto o sistema límbico quanto o hipotálamo influenciam o controle da ventilação. O sistema límbico pode afetar a respiração por meio de respostas emocionais, e o hipotálamo regula aspectos autonômicos e homeostáticos, incluindo a respiração em resposta a mudanças na temperatura corporal e estados emocionais.
Alternativa D: "Uma redução no pH do sangue arterial leva o indivíduo a diminuir a frequência respiratória." Esta alternativa está incorreta. Na realidade, uma redução no pH do sangue arterial (acidose) leva ao aumento da frequência respiratória. Esse é um mecanismo compensatório para eliminar CO2 (um ácido volátil) e, assim, aumentar o pH sanguíneo.
Alternativa E: "Durante o exercício, a PO2 arterial diminui, mas a PCO2 não sofre alterações, pois ocorre aumento da ventilação." Esta alternativa está incorreta. Durante o exercício, a PO2 arterial geralmente é mantida constante ou pode até aumentar ligeiramente devido à hiperventilação. A PCO2 pode diminuir devido ao aumento da ventilação alveolar que elimina CO2 mais rapidamente.
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Controle da respiração
Em relativo repouso, a freqüência respiratória é da ordem de 10 a 15 movimentos por minuto.
A respiração é controlada automaticamente por um centro nervoso localizado no bulbo. Desse centro partem os nervos responsáveis pela contração dos músculos respiratórios (diafragma e músculos intercostais). Os sinais nervosos são transmitidos desse centro através da coluna espinhal para os músculos da respiração. O mais importante músculo da respiração, o diafragma, recebe os sinais respiratórios através de um nervo especial, o nervo frênico, que deixa a medula espinhal na metade superior do pescoço e dirige-se para baixo, através do tórax até o diafragma. Os sinais para os músculos expiratórios, especialmente os músculos abdominais, são transmitidos para a porção baixa da medula espinhal, para os nervos espinhais que inervam os músculos. Impulsos iniciados pela estimulação psíquica ou sensorial do córtex cerebral podem afetar a respiração. Em condições normais, o centro respiratório (CR) produz, a cada 5 segundos, um impulso nervoso que estimula a contração da musculatura torácica e do diafragma, fazendo-nos inspirar. O CR é capaz de aumentar e de diminuir tanto a freqüência como a amplitude dos movimentos respiratórios, pois possui quimiorreceptores que são bastante sensíveis ao pH do plasma. Essa capacidade permite que os tecidos recebam a quantidade de oxigênio que necessitam, além de remover adequadamente o gás carbônico. Quando o sangue torna-se mais ácido devido ao aumento do gás carbônico, o centro respiratório induz a aceleração dos movimentos respiratórios. Dessa forma, tanto a freqüência quanto a amplitude da respiração tornam-se aumentadas devido à excitação do CR.
Em situação contrária, com a depressão do CR, ocorre diminuição da freqüência e amplitude respiratórias.
A respiração é ainda o principal mecanismo de controle do pH do sangue.
Dessa forma, o aumento da concentração de CO2 no sangue provoca aumento de íons H+ e o plasma tende ao pH ácido. Se a concentração de CO2 diminui, o pH do plasma sangüíneo tende a se tornar mais básico (ou alcalino).
Se o pH está abaixo do normal (acidose), o centro respiratório é excitado, aumentando a freqüência e a amplitude dos movimentos respiratórios. O aumento da ventilação pulmonar determina eliminação de maior quantidade de CO2, o que eleva o pH do plasma ao seu valor normal.
fonte: http://www.afh.bio.br/resp/resp2.asp
Espero ter ajudado...
abraço
Muito boa sua explicação! Uma verdadeira aula...
Parabéns!!!
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