Paciente masculino, 9 meses de idade, compareceu à Unidade ...
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A criptorquidia isolada é a anomalia congênita mais comum ao nascimento (DENES; SOUZA; SOUZA apud JATENE; NOBRE; BERNARDO, 2006). A migração espontânea dos testículos ocorre geralmente nos primeiros 3 meses de vida (em 70% a 77% dos casos) e raramente após os 6 a 9 meses (DENES; SOUZA; SOUZA apud JATENE; NOBRE; BERNARDO, 2006; LONGUI, 2005). Se os testículos não forem palpáveis na primeira consulta ou forem retráteis, o rastreamento deve ser realizado nas visitas rotineiras de puericultura (PORTO ALEGRE, 2004; DENES; SOUZA; SOUZA apud JATENE; NOBRE; BERNARDO, 2006; LONGUI, 2005; AMERICAN..., 1996; HUTSON; HASTHORPE, 2005) [B]. Se aos 6 meses não forem encontrados testículos palpáveis no saco escrotal, será necessário encaminhar a criança à cirurgia pediátrica. Se forem retráteis, o caso deve ser monitorado a cada 6 a 12 meses, entre os 4 e 10 anos de idade do menino, pois pode ocorrer de a criança crescer mais rápido do que o cordão espermático nessa faixa de idade e os testículos saírem da bolsa escrotal (DENES; SOUZA; SOUZA apud JATENE; NOBRE; BERNARDO, 2006) [D]. O tratamento precoce da criptorquidia com cirurgia resulta em diminuição do risco de câncer de testículos e de problemas com a fertilidade em adultos (idem) [D].
Referência: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança : crescimento e desenvolvimento / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012. 272 p.: il. – (Cadernos de Atenção Básica, nº 33)
Gabarito errado, o correto seria Letra D.
A cirurgia deve ser realizada, entre os seis e doze meses, e a técnica escolhida varia de acordo com a posição do testículo no decorrer de seu trajeto do abdomen até o escroto durante a vida embrionária. Diante disso, o sucesso do tratamento depende de acesso adequado à saúde no período neonatal, visando um tratamento apropriado em tempo hábil.
Referência: Tratamento Cirúrgico da Criptorquidia: Uma Revisão de Literatura. Silvão, Betânia Andrade. Ano 2013.
Gente, testículos com criptorquidia propriamente dita e testículos retráteis são diferentes:
Se o testículo que está fora do escroto for identificado em posição mais alta, considera-se como criptorquidia propriamente dita. Por outro lado, quando adquirem ocasionalmente posição fora do escroto, estando na sua posição normal durante o repouso, denomina-se testículo retrátil. Ele decorre da resposta intensa a um reflexo do cordão espermático, desencadeado pelo frio, pelo medo e pela contração da musculatura abdominal, relacionada à atividade física.
Em algumas crianças, o testículo pode ser palpado fora do caminho natural em direção ao escroto, localizando-se, entre outros locais, na raiz da coxa ou no lado contralateral do escroto, denominando-se então testículo ectópico. Entre 10 e 20% dos casos não é possível palpar os testículos, seja por estarem ainda no interior do abdômen ou por não terem se desenvolvido normalmente (testículos impalpáveis).
O testículo retrátil, quando identificado corretamente, não necessita de tratamento, pois sabe-se que o mesmo se fixará definitivamente no escroto com o desenvolvimento da criança, sem qualquer comprometimento anatômico ou funcional.
Por outro lado, os testículos criptorquídicos, ectópicos e impalpáveis necessitam ser tratados, pois em posição anormal sujeitam-se a temperaturas mais altas que as do escroto, o que desfavorece o seu desenvolvimento e funcionamento normal. Assim, há grande probabilidade de ficarem atróficos e não produzirem espermatozoides, com consequente redução da fertilidade. Além disso, esses testículos têm maior risco de desenvolverem tumores, além de apresentarem com frequência uma hérnia associada, por dificultarem o fechamento normal do canal inguinal.
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nucleo-avancado-urologia/Paginas/problemas-urologicos-infancia.aspx
Sem dúvida Gabarito B !!!
Se aos 6 meses não forem encontrados testículos palpáveis no saco escrotal, será necessário encaminhar a criança à cirurgia pediátrica.
Se forem retráteis, o caso deve ser monitorado a cada 6 a 12 meses, entre os 4 e 10 anos de idade (DENES; SOUZA; SOUZA apud JATENE; NOBRE; BERNARDO, 2006
O caso deve ser monitorado a cada 6 a 12 meses, entre os 4 e os 10 anos do menino.
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