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Q2466163 Biologia

        Na atualidade, o Brasil está lutando contra a dengue em diversas frentes. Nesse sentido, uma técnica que já foi bastante usada é a liberação de machos estéreis no ambiente. Mais recentemente, cientistas brasileiros desenvolveram um inseticida capaz de matar a larva do mosquito a partir do óleo extraído da Xylopia ochrantha (Mart), da Família Annonaceae, que é uma planta nativa da Mata Atlântica. Por outro lado, o governo incluiu a vacina contra a dengue no repertório de vacinas do SUS.


Internet: <metropoles.com> (com adaptações).



Com referência às informações do texto precedente, julgue o item que se segue. 


Uma estratégia para a produção de machos estéreis do Aedes Aegypti é selecionar machos que tenham mutação em gene situado no cromossomo Y que leve ao bloqueio de espermatogênese e cruzá-los com fêmea com fertilidade no espectro da normalidade.  

Alternativas

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Tema Central da Questão:

A questão aborda estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. Especificamente, foca-se na técnica da liberação de machos estéreis. Para entender e resolver a questão, é necessário conhecimento em genética, biotecnologia e ecologia, em especial sobre a reprodução de insetos e técnicas de controle populacional.

Alternativa Correta: Errado (E)

A técnica descrita na questão sugere a produção de machos estéreis do Aedes aegypti por meio da seleção de machos com uma mutação que impede a espermatogênese, localizada no cromossomo Y. Entretanto, essa estratégia não é viável, pois mutações no cromossomo Y que bloqueiam completamente a espermatogênese são raras e podem não garantir a completa esterilidade sem causar outros efeitos adversos que comprometam o sucesso da técnica. Normalmente, a esterilização é realizada por métodos como radiação ou manipulação genética específica, que garantem a esterilidade enquanto preservam a capacidade dos machos competirem com machos selvagens.

Por que as Alternativas Estão Incorretas:

1. Mutação no cromossomo Y: A questão sugere que uma mutação no cromossomo Y é suficiente para bloquear a espermatogênese. No entanto, é uma simplificação excessiva, pois o processo de espermatogênese envolve múltiplos genes e fatores regulatórios. Alterações nesse cromossomo podem não ser estáveis ou previsíveis o suficiente para serem usadas em controle populacional.

2. Cruzamento com fêmeas normais: Mesmo que se cruzem com fêmeas de fertilidade normal, se os machos não forem completamente estéreis, pode haver reprodução, comprometendo a eficiência da técnica. A garantia de esterilidade é crucial para o sucesso da estratégia.

Portanto, dado o contexto da questão e a complexidade da biologia do mosquito, a melhor estratégia segue sendo métodos comprovados de esterilização, como a técnica do inseto estéril (TIE) que utiliza radiação para garantir a esterilidade sem comprometer a viabilidade dos machos.

Conclusão: A alternativa correta é Errado (E) porque a técnica descrita não é prática ou confiável segundo os métodos científicos atuais de controle do Aedes aegypti.

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Comentários

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O item apresenta uma compreensão equivocada sobre a estratégia genética de controle do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. No contexto da técnica de mosquitos machos estéreis, comumente se faz uso da técnica de Radiação (SIT) ou da técnica de liberação de insetos com Dominância Letal (RIDL), ambas envolvem a esterilização de mosquitos machos que são liberados em grandes números no ambiente para competir com machos selvagens, levando a cruzamentos infrutíferos com as fêmeas, reduzindo assim a população do vetor. A estratégia descrita no item, a seleção de machos com mutação em gene situado no cromossomo Y que leve ao bloqueio de espermatogênese, não é a técnica aplicada ou proposta pois os mosquitos do gênero Aedes não possuem cromossomo Y como determinante de sexo, como ocorre em mamíferos. Ao invés disso, em mosquitos, a determinação do sexo é geralmente ligada a um par de cromossomos autossômicos onde genes específicos controlam o desenvolvimento sexual. Dessa forma, a estratégia de controle de vetores não se baseia em mutações no cromossomo Y, mas sim em outros métodos que resultem em machos incapazes de produzir descendentes viáveis após o acasalamento com fêmeas selvagens.

Cara, que questão COVARDE

Seria uma questão fácil... se você na hora lembrasse que o sistema de determinação sexual dos mosquitos não é o clássico XY dos mamíferos..

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