Acerca da dinâmica histórico-econômica e socioespacial do E...
Acerca da dinâmica histórico-econômica e socioespacial do Estado de Sergipe, julgue o item subsequente.
Os indígenas Xokó conseguiram no século XX o
reconhecimento do domínio sobre terras nas margens do rio
São Francisco.
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Na verdade a comunidade Xocó foi identificada na Ilha de São Pedro pelos jesuítas lá no sec XVI, mas acabou sendo expulsa de lá. A comunidade voltou e fundou sua aldeia retomando a Ilha de São Pedro em 1979, mas apenas meado dos anos 90, a FUNAI homologou a Caiçara, anexando a Ilha de São Pedro, constituindo assim a terra indígena da etnia Xocó.
https://pt.wikiversity.org/wiki/Wikinativa/Xoc%C3%B3
Resposta: Certo
Às margens do São Francisco, no município de Porto da Folha é onde está localizada a única terra indígena de Sergipe, do grupo Xokós, nas ilhas de São Pedro e Caiçara. Os conflitos com os indígenas remontam o período colonial, foram escravizados pelos colonos ou aldeados pelas ordens religiosas. Em 1979 se instalaram em suas terras originárias tentando reavê-las, até que na década de 90 foi demarcada pelo Incra homologada pela Funai a Terra Indígena Xokó em São Pedro e Caiçara.
CERTO
A comunidade Xokó foi identificada pelos jesuítas na Ilha de São Pedro no século XVI, mas sofreu expulsão de suas terras originárias. Em 1979, após um longo período de resistência, os Xokó retornaram à ilha e fundaram sua aldeia, reafirmando sua presença histórica no local. No entanto, foi apenas na década de 1990 que a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) oficializou a demarcação da Terra Indígena Caiçara, incorporando a Ilha de São Pedro e consolidando, de forma definitiva, o território da etnia Xokó.
A afirmativa sobre a dinâmica histórico-cultural e socioespacial de Sergipe é justificada pelo contexto da luta dos indígenas Xocó pelo reconhecimento de seus direitos territoriais, que reflete um processo de resistência e afirmação de identidade indígena no estado. Esse povo, tradicionalmente habitante das margens do rio São Francisco, sofreu, ao longo dos séculos, com a expulsão de suas terras, a exploração econômica e a tentativa de apagamento cultural, características comuns no processo de colonização e expansão do território brasileiro.
No século XX, a mobilização dos Xocó foi parte de um movimento maior de recuperação de direitos territoriais indígenas no Brasil, intensificado especialmente após a Constituição de 1988, que reconheceu oficialmente os direitos dos povos originários às suas terras tradicionais. Os Xocó, após décadas de lutas judiciais e políticas, conseguiram garantir o reconhecimento oficial de sua posse sobre terras localizadas no município de Porto da Folha, marcando um passo significativo na preservação de sua cultura, modo de vida e autonomia.
Essa conquista também ilustra a dimensão socioespacial de Sergipe, onde as comunidades indígenas ainda enfrentam desafios relacionados à integração, ao respeito por suas tradições e ao desenvolvimento sustentável. O caso dos Xocó evidencia como a história e a cultura do estado são marcadas por processos de resistência e pela busca de justiça social e espacial.
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