A temática da adolescência tem sido abordada por muitos auto...

A alternativa correta é a Alternativa D.

A adolescência é um período de transição crucial no desenvolvimento humano, caracterizado por diversas mudanças físicas, emocionais e sociais. Durante essa fase, os adolescentes começam a questionar e redefinir suas relações com os pais e o mundo ao seu redor. Esse processo de desenvolvimento envolve a busca da própria identidade e a separação simbólica dos pais, que são vistos de forma menos idealizada.

De acordo com Sonia Alberti, é essencial que os pais tenham um papel de suporte, permitindo que o adolescente realize essa "travessia" de forma segura. A Alternativa D destaca que os pais deveriam "suportar seu próprio aniquilamento" pelos filhos. Isso simboliza a ideia de que eles devem aceitar que seus filhos os vejam de forma crítica e ainda assim, permanecerem presentes e disponíveis para oferecer apoio. Essa presença constante é vital para que o adolescente possa efetuar sua separação e desenvolver sua independência de maneira saudável.

Agora, vamos analisar as alternativas incorretas:

Alternativa A: Sugere que os pais desistam de seu papel, o que está incorreto. Pais não devem se afastar, mas sim continuar presentes, mesmo diante das críticas e rebeldias características dessa fase.

Alternativa B: Propõe que os pais assumam um papel de correção sobre a visão rebelde dos adolescentes. Embora seja verdade que adolescentes contestam, o foco não está em corrigir a visão, mas em apoiar o adolescente na construção de sua identidade própria.

Alternativa C: Defende que os adolescentes devam adotar os parâmetros dos pais, o que não incentiva o desenvolvimento da autonomia e individualidade essenciais à adolescência. O papel dos pais é guiar, não impor suas próprias referências.

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Suportar seu próprio aniquilamento pelos filhos, sendo sua presença junto ao adolescente fundamental para que este possa realizar sua travessia de separação.

Letra D!

Para os pais, por sua vez, é difícil, e às vezes muito difícil, sustentar a adolescência de seus filhos. É preciso mais uma vez uma boa dose de investimento, de dom de amor, de aposta da parte dos pais, para suportarem seu próprio aniquilamento através dos filhos, única maneira de não se identificarem completamente com a consequente perda narcísica. Isso não só não é fácil como às vezes impossível, razão de não haver pais ideais do adolescente mas, simplesmente seus pais, que o ajudarão, na medida do possível, a atravessar o processo descrito por Freud como o da construção de um túnel, cavando pelos dois lados, nem sempre em linha reta mas suficientemente estruturado para permitir a travessia.

Fonte: O adolescente e o Outro / Sonia Alberti. – 3.ed. – Rio de Janeiro: Zahar, 2010.