Assinale a alternativa correta quanto à norma-padrão de col...
Estima-se que, até o fim deste ano, o número de pessoas vivendo na miséria no Brasil crescerá de 2,5 milhões a 3,6 milhões, segundo o Banco Mundial. O número de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza passou dos 16 milhões, em 2014, para cerca de 22 milhões neste ano, de acordo com o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social). Em momentos assim, o Brasil depara com outra chaga, diferente da pobreza: a desigualdade. Os mais ricos se protegem melhor da crise, que empurra para baixo a parcela da população já empobrecida. Por isso, o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da desigualdade no país. Ela já subiu no ano passado, na medição que usa um índice chamado Gini. Foi a primeira vez que isso ocorreu em 22 anos. Trata-se de um fenômeno especialmente ruim num país em que a desigualdade supera a normalmente encontrada em democracias capitalistas. Para piorar, descobrimos recentemente que subestimávamos o problema.
Até o ano retrasado, a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de Gini, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Por esse método, ficavam de fora do quadro os rendimentos que principalmente os mais ricos conseguem de outras fontes, que não o salário – a renda do capital, oriunda de ativos como aplicações financeiras, participação em empresas e propriedade de imóveis. Isso mudou quando a Receita Federal publicou números do Imposto de Renda (IR) de pessoa física de 2007 em diante. Os números mais recentes, referentes a 2015, foram abertos em julho deste ano. Eles evidenciam que a concentração de renda no topo da pirâmide social brasileira é muito maior do que se pensava. A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava que o 1% mais rico de brasileiros concentrava 11% da renda. Com os dados do IR e do Produto Interno Bruto (PIB), essa fatia saltou para 28%.
(Época, 13.11.2017)
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Análise:
a) Se pensava (Pensava-se) que a concentração de renda no topo da pirâmide brasileira fosse menor. --> Verbo, no início da oração,obriga a ênclise do pronome.
b) Havia um problema ruim no Brasil e, para piorar, recentemente descobrimo-lo. (descobrimos-lo) --> Somente se retira o "S" do verbo descobrir que está na segunda pessoal do plural no presente do indicativo, quando o pronome oblíquo for de segunda pessoa, no caso o "nos".
c) Os dados do IR e do PIB mostram-se chocantes, pois eles revelam contrastes.
d) Os mais ricos têm valido-se (têm se valido ou se têm valido) de outras fontes de renda, que não o salário recebido. --> Após particípio, seja um verbo ou locução verbal, como é o caso, não se pode fazer ênclise ao verbo no partícipio. Nesse caso seria válido o verbo em próclise ou ênclise ao verbo auxiliar "ter"
e) As pessoas sabiam que, com os dados do IR e PIB, mudaria-se (mudar-se-ia) o número de ricos. --> Verbo no futuro pedi por pronome em mesóclise
A boa é a letra C)
Forte abraço!
Só complementando o comentário do colega Rodolfo Inácio:
Na alternativa B -. Havia um problema ruim no Brasil e, para piorar, recentemente descobrimo-lo.
Recentemente é um advérbio com valor temporal e como é sabido advérbio atrai o pronome.
Acredito que o correto seria: Havia um problema ruim no Brasil e, para piorar, recentemente o descobrimos.
C) Sujeito expresso próximo ao verbo = caso facultativo
No caso da e), acredito que ficaria "se mudaria", pois o pronome relativo "que" que inicia a oração subordinada pede próclise.
Leonardo, fica "mudar-se-iam", mesóclise. Depois de vírgula não se usa proclise
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