Mulher de 60 anos, com histórico de dores de cabeça, náuseas...
Mulher de 60 anos, com histórico de dores de cabeça, náuseas e vômitos há três meses, apresentou convulsão em uma clínica de oncologia. A ressonância magnética revelou massa na região subcortical do lobo frontal direito. Seu histórico familiar é normal. Após ressecção quase total, concluiu-se o diagnóstico histológico de glioblastoma multiforme, grau IV da OMS. É parte essencial do diagnóstico molecular para todos os gliomas de alto grau (Ill e IV) a avaliação de:
Gabarito comentado
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Alternativa correta: C - Metilação do promotor MGMT
O tema central desta questão é a importância dos marcadores moleculares no diagnóstico e prognóstico de gliomas de alto grau, especificamente o glioblastoma multiforme, que é o tipo mais agressivo de tumor cerebral.
Para resolver a questão, é necessário entender quais são os marcadores moleculares críticos na avaliação de glioblastomas e como eles influenciam o tratamento e prognóstico, conforme as diretrizes atuais da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Justificativa da alternativa correta:
A metilação do promotor MGMT (O6-metilguanina-DNA metiltransferase) é um marcador essencial porque está associada a uma melhor resposta à terapia com temozolomida, uma quimioterapia padrão para glioblastomas. Pacientes cujos tumores apresentam a metilação do promotor MGMT geralmente têm um prognóstico melhor, pois essa metilação reduz a capacidade da célula tumoral de reparar o dano ao DNA causado pela quimioterapia, aumentando a eficácia do tratamento.
Análise das alternativas incorretas:
A - Mutações KIT e IDH: Embora as mutações em IDH (isocitrato desidrogenase) sejam importantes marcadores para gliomas de grau mais baixo, não são características comuns dos glioblastomas. A mutação IDH é associada a um melhor prognóstico, mas a questão foca nos gliomas de alto grau, onde a metilação do MGMT é mais relevante.
B - PDGFRA: O gene PDGFRA (receptor alfa do fator de crescimento derivado de plaquetas) pode estar envolvido em gliomas, mas não é um marcador padrão amplamente utilizado para estratificação de risco em glioblastomas, diferente do MGMT.
D - Fusões ou mutações BRAF e TERT: Embora possam estar presentes em alguns tipos de tumores cerebrais, como gliomas pediátricos, esses marcadores não são os principais para determinar a resposta ao tratamento em glioblastomas adultos. O foco para glioblastomas de alto grau é na metilação do MGMT.
Entender a relevância dos marcadores moleculares no diagnóstico de tumores cerebrais é crucial para a prática oncológica moderna, pois influencia diretamente as decisões terapêuticas e prognósticas.
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