Para o eu lírico, São Paulo é uma cidade
Leia o poema para responder à questão.
Soneto Sentimental à Cidade de São Paulo
Ó cidade tão lírica e tão fria!
Mercenária, que importa – basta! – importa
Que à noite, quando te repousas morta
Lenta e cruel te envolve uma agonia
Não te amo à luz plácida do dia
Amo-te quando a neblina te transporta
Nesse momento, amante, abres-me a porta
E eu te possuo nua e frígida.
Sinto como a tua íris fosforeja
Entre um poema, um riso e uma cerveja
E que mal há se o lar onde se espera
Traz saudade de alguma Baviera
Se a poesia é tua, e em cada mesa
Há um pecador morrendo de beleza?
(Vinicius de Moraes, Poemas esparsos. 2008)
- Gabarito Comentado (0)
- Aulas (1)
- Comentários (4)
- Estatísticas
- Cadernos
- Criar anotações
- Notificar Erro
Comentários
Veja os comentários dos nossos alunos
Gab: D.
Versos que corroboram a alternativa:
Amo-te quando a neblina te transporta
Não te amo à luz plácida do dia
Tão lírica e tão fria. Ou seja, MULTIFACES. Ora o sentimentalismo, ora a frieza.
E o gosto do poeta pelas noites é percebido nos versos citados pelo David.
Textos poéticos são muito subjetivos. Entendi a parte da multiface, porém, nos trechos de "amo-te quando a neblina te transporta", entendi como uma metáfora ao visual cinzento da cidade e não que isso seria "noite".
"Que à noite, quando te repousas morta
Lenta e cruel te envolve uma agonia"
Isso deu entender que ele não é seduzido pelas noites.
Honestamente entendi que ele se apaixona por São Paulo mais pela:
Letra C*obscura por natureza, vendo ele a real beleza dela na tristeza.
do que pela
Letra D*marcada pelas multifaces, sendo ele seduzido pelas suas noites.
``Que à noite, quando te repousas morta
Lenta e cruel te envolve uma agonia
Não te amo à luz plácida do dia``
Se isto não parece a real beleza na tristesa, então, realmente, preciso muito estudar,..
Clique para visualizar este comentário
Visualize os comentários desta questão clicando no botão abaixo