Leia as afirmativas a seguir: I. À luz da Lei nº 8.429, de...

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Q1655005 Direito Administrativo
Leia as afirmativas a seguir:
I. À luz da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, constitui ato de improbidade administrativa receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado. II. À luz da Constituição Federal de 1988, cabe à lei complementar dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. III. À luz da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, o imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação dependente da atividade estatal, não sendo relativa ao contribuinte. Marque a alternativa CORRETA:
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A questão indicada está relacionada com o Direito Administrativo.

 

 

- Improbidade administrativa: artigo 37, §4º, da Constituição Federal de 1988; Lei nº 8.429 de 1992.

- Espécies de ato de improbidade administrativa:

Ato de improbidade administrativa que geram enriquecimento ilícito (artigo 9º, da LIA): condutas mais graves.

Ato de improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário (artigo 10, da LIA): condutas com gravidade intermediária.

Ato de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da Administração Pública (artigo 11, da LIA): condutas menos gravosas.

Ato de improbidade administrativa decorrentes de concessão ou de aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário (artigo 10-A, da LIA): a doutrina entende que para configurar o referido ato de improbidade é necessário a presença de dolo.


- Itens:

I – CORRETA. De acordo com o artigo 9º, Inciso X, da Lei nº 8.429 de 1992 – literalidade da lei -, “receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado".

II – CORRETA. Com base no artigo 146, Inciso I, da Constituição Federal de 1988 – literalidade da lei -, cabe à Lei Complementar, “dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios".


III – ERRADO. De acordo com o artigo 16, do Código Tributário Nacional, “o imposto é o tributo cuja obrigação tem por fator gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte".
O imposto pode ser entendido como um tributo não vinculado, ou seja, em que o fator gerador é definido independentemente de qualquer atividade do Estado específica, relacionada ao contribuinte.


Diante do exposto, percebe-se que somente os Itens I e II estão CORRETOS.

Gabarito do Professor: D)

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I. À luz da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, constitui ato de improbidade administrativa receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado.

II. À luz da Constituição Federal de 1988, cabe à lei complementar dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.

III. À luz da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, o imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação dependente da atividade estatal, não sendo relativa ao contribuinte. 

No art. 3º do Código Tributário Nacional, o imposto é definido como um tributo cuja obrigação de pagar é gerada por uma situação que não depende de uma atuação específica do contribuinte, mas sim de uma situação ou condição prevista pela própria lei, e que está diretamente ligada à atividade do Estado.

A formulação completa do art. 3º do CTN é a seguinte:

Art. 3º O imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação que, independentemente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte, implique, para este, a manifestação de uma situação prevista em lei.

Ou seja, a obrigação tributária do imposto é desencadeada por uma situação objetiva, como a propriedade de um bem, a realização de uma atividade econômica, o consumo de um produto, entre outras, e não está vinculada a uma atuação específica do Estado para que o contribuinte a desencadeie. Por exemplo, no caso do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana), o fato gerador é a propriedade do imóvel, e não a necessidade do Estado de agir sobre aquele imóvel para que o imposto seja devido.

Portanto, a frase é válida, mas a explicação completa esclarece que o imposto se refere a uma obrigação que decorre de uma situação definida em lei, sem depender de uma atuação do Estado relacionada diretamente ao contribuinte.

gabarito D

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