Como afirma Pereira (2006), ao final da década de 1980, havi...

Alternativa correta: D - Professor-pesquisador e professor-reflexivo.

A questão aborda uma reflexão importante sobre as mudanças conceituais e práticas na formação de professores no final do século XX, especialmente nos anos 1990. Neste período, as críticas ao modelo de formação docente então vigente eram crescentes e havia uma clara demanda por transformações que integrassem mais efetivamente o ensino e a pesquisa na formação dos professores, com o objetivo de prepará-los para enfrentar os desafios da educação contemporânea.

A discussão girava em torno da necessidade de formar um tipo de professor que não apenas dominasse os conteúdos e métodos de ensino tradicionais, mas que também fosse capaz de refletir criticamente sobre sua prática e engajar-se em pesquisas que contribuíssem para a melhoria da educação. Nesse contexto, emergiram dois conceitos-chave:

• Professor-pesquisador: refere-se ao docente que não se limita a aplicar conhecimentos pré-existentes, mas busca constantemente produzir novos conhecimentos através da pesquisa. Esse professor é um investigador ativo no campo educacional, contribuindo para o avanço científico e pedagógico.
• Professor-reflexivo: descreve o docente que reflete sobre sua prática docente de maneira crítica, avaliando-a e modificando-a conforme as necessidades e contextos. O professor-reflexivo é alguém que aprende com a experiência, adapta-se e busca constantemente o aperfeiçoamento profissional.

A resposta correta, portanto, é a que contempla essas duas expressões: D - Professor-pesquisador e professor-reflexivo. Estes termos representam o perfil docente desejado pelas discussões da época, visando à valorização de um ensino que seja ao mesmo tempo fundamentado na pesquisa e na capacidade crítica de reflexão sobre a prática educativa.

D. Professor-pesquisador e professor-reflexivo.

Professor-pesquisador e professor-reflexivo letra d

“As Ciências Sociais e, mais especificamente, a Educação, defrontam-se na virada da década de 80 para a de 90 com a denominada “crise de paradigmas”. Nesse contexto, o pensamento educacional brasileiro e os estudos sobre formação do professor voltam-se crescentemente para a compreensão dos aspectos microssociais, destacando-se e focalizando-se, sob novo prisma, o papel do agente-sujeito. Nesse cenário, privilegia-se a formação do professor-pesquisador”(PEREIRA, 2006)