Segundo Piaget, a transição da heteronomia para a autonomia...

A alternativa correta é a D - cooperação.

Para compreender a questão, é essencial ter conhecimento sobre a teoria do desenvolvimento moral proposta por Jean Piaget. Piaget foi um psicólogo suíço que se dedicou ao estudo do desenvolvimento cognitivo e moral das crianças. Ele dividiu o desenvolvimento moral em duas fases: a heteronomia e a autonomia.

Durante a fase de heteronomia, as crianças entendem as regras como imutáveis e externas a elas, impostas por uma autoridade. Elas ainda não têm a capacidade de entender as regras como algo negociável ou que possa ser mudado por um consenso. Por outro lado, a fase de autonomia é caracterizada por uma compreensão de que as regras são criadas pelas pessoas para facilitar a convivência em sociedade, e que elas podem ser modificadas por um acordo mútuo.

De acordo com Piaget, a transição para a autonomia é impulsionada pela cooperação. Quando as crianças começam a interagir com outras crianças de maneira cooperativa, elas aprendem a negociar, a tomar perspectivas diferentes e a criar regras que beneficiem todos os envolvidos. Esse processo permite que elas desenvolvam um senso moral mais flexível e autônomo.

A opção D - cooperação é correta porque reflete a ideia de que a autonomia moral se desenvolve por meio de interações sociais baseadas na cooperação e no entendimento mútuo. É por meio dessa cooperação que as crianças aprendem o valor da reciprocidade e da justiça, que são fundamentais para a autonomia moral.

As outras alternativas, tais como treinamento constante (A), coação social (B) e moral realista (C), não capturam a essência do processo de desenvolvimento moral como descrito por Piaget. O treinamento constante pode levar a um comportamento condicionado, mas não necessariamente a uma compreensão autônoma das regras morais. A coação social é mais alinhada à heteronomia, já que se refere à imposição de regras por uma autoridade. A moral realista está mais relacionada à percepção imutável das regras, que é característica da heteronomia, e não da autonomia.