O acréscimo da vírgula, embora altere ligeiramente o sentid...

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Q1053143 Português

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O gosto na era do algoritmo

      Às segundas-feiras pela manhã, os usuários do Spotify (serviço de transferência de dados via internet que dá acesso a músicas e outros conteúdos de artistas) recebem uma lista personalizada de músicas que lhes permite descobrir novidades. O sistema se baseia em um algoritmo cuja evolução e usos aplicados ao consumo cultural são infinitos. De fato, plataformas de transmissão de dados cinematográficos, como a Netflix, começam a desenhar suas séries de sucesso rastreando os dados gerados por todos os movimentos dos usuários para analisar o que os satisfaz. O algoritmo constrói assim um universo cultural adequado e complacente com o gosto do consumidor, que pode avançar até chegar sempre a lugares reconhecíveis.

     O algoritmo, sustentam seus críticos, nos torna chatos, previsíveis, e empobrece nossa curiosidade por explorar o acervo cultural. Ramón Sangüesa, coordenador do Data Transparency Lab (Laboratório de Transparência de Dados), consegue ver vantagens, mas também riscos. “Esses sistemas se baseiam no passado para predizer o futuro. A primeira dificuldade é conseguir a massa crítica para que tenhamos mais dados e as projeções sejam melhores. Mas sempre se corre o risco de ficar em uma mesma área de recomendação. No consumo cultural, o perigo está na uniformização do gosto, o que chamamos de filtro bolha. E assim vão sendo criados comportamentos padronizados”, afirma.

      A questão, no entanto, é se os limites impostos na aprendizagem pelos sistemas fechados de computação são equiparáveis aos erros e possíveis idiotices que cometemos durante anos formando nosso próprio gosto. O escritor Eloy Fernández Porta não vê grande diferença. Segundo ele, antes do Spotify e fora dele o gosto já vinha determinado por critérios de acesso, aceitação, atualidade e distinção. “Sempre vivemos a música em um algoritmo, o que acontece é que em vez de chamá-lo de matemática o chamamos de espontaneidade. O algoritmo do Spotify não me parece menos confiável do que a fórmula caótica que cada ouvinte inventou. Nem menos humano: quando fazemos analogias erradas ou nos empenhamos em recomendar o primeiro disco de Vincent Gallo, nossas sinapses estão dando os mesmos maus passos”, afirma.

(Daniel Verdú. https://brasil.elpais.com/brasil/. 09.07.2016. Adaptado)

O acréscimo da vírgula, embora altere ligeiramente o sentido da frase do texto, não prejudica a correção gramatical em:
Alternativas

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Querido aluno,

A alternativa correta é a A. Vamos entender o porquê e analisar as demais opções.

Alternativa A: "O sistema se baseia em um algoritmo, cuja evolução e usos aplicados ao consumo cultural são infinitos."

Justificativa: Esta frase está correta gramaticalmente, mesmo com a inclusão da vírgula. A vírgula antes do pronome relativo "cuja" não é obrigatória, mas também não é incorreta. Ela pode ser usada para dar uma pausa na leitura, sem prejudicar a clareza ou a gramática da frase.

Alternativa B: "O algoritmo constrói, assim um universo cultural adequado e complacente com o gosto do consumidor…"

Justificativa: Nesta frase, a vírgula está colocada de forma incorreta. A vírgula deve vir após "assim", pois esta palavra é um advérbio que deveria estar isolado por vírgulas: "O algoritmo constrói assim, um universo cultural adequado e complacente com o gosto do consumidor…". Portanto, a pontuação está equivocada.

Alternativa C: "A primeira dificuldade é conseguir a massa crítica para que tenhamos, mais dados e as projeções sejam melhores."

Justificativa: A vírgula depois de "tenhamos" é incorreta, pois separa o sujeito "mais dados" do seu predicado "sejam melhores". A vírgula nesse ponto quebra a estrutura sintática correta da frase.

Alternativa D: "Mas sempre se corre, o risco de ficar em uma mesma área de recomendação."

Justificativa: A vírgula após "corre" está equivocada, pois separa desnecessariamente o verbo "corre" do seu complemento "o risco de ficar em uma mesma área de recomendação". Essa separação é incorreta e prejudica a fluidez da leitura.

Alternativa E: "O algoritmo do Spotify não me parece menos, confiável do que a fórmula caótica que cada ouvinte inventou."

Justificativa: A vírgula após "menos" também é incorreta, pois separa o adjetivo "confiável" do advérbio "menos", o que não é permitido. A estrutura correta seria sem a vírgula: "O algoritmo do Spotify não me parece menos confiável do que a fórmula caótica que cada ouvinte inventou."

Espero que essa explicação tenha ajudado a entender melhor o uso das vírgulas e como elas podem alterar a compreensão e a correção gramatical de uma frase. A alternativa correta, A, é a única que mantém a correção gramatical mesmo com a inclusão da vírgula.

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Comentários

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GABARITO: LETRA A

? O sistema se baseia em um algoritmo, cuja evolução e usos aplicados ao consumo cultural são infinitos. ? pronome relativo "cuja" dando início a uma oração subordinada adjetiva explicativa (devido à inserção da vírgula); originalmente, é adjetiva restritiva (sem a pontuação); o sentido é alterado, mas a correção gramatical é mantida.

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FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

Gabarito A

(A) O sistema se baseia em um algoritmo, cuja evolução e usos aplicados ao consumo cultural são infinitos. 

》Não separada por virgula ⇢ subordinada adjetiva restritiva

》Separada por virgula ⇢ subordinada adjetiva explicativa.

A frase altera o sentido, mas não o sentido.

Assertiva A

O sistema se baseia em um algoritmo, cuja evolução e usos aplicados ao consumo cultural são infinitos.

GABARITO: LETRA A

ACRESCENTANDO:

USO DA VÍRGULA

Vírgula – indica uma pequena pausa na sentença.

Não se emprega vírgula entre:

• Sujeito e verbo.

• Verbo e objeto (na ordem direta da sentença).

Para facilitar a memorização dos casos de emprego da vírgula, lembre-se de que:

A vírgula:

Desloca

Enumera

Explica

Enfatiza

Isola

Separa

Emprego da vírgula:

a) separar termos que possuem mesma função sintática no período:

- João, Mariano, César e Pedro farão a prova.

- Li Goethe, Nietzsche, Montesquieu, Rousseau e Merleau-Ponty.

b) isolar o vocativo:

- Força, guerreiro!

c) isolar o aposto explicativo:

- José de Alencar, o autor de Lucíola, foi um romancista brasileiro.

d) mobilidade sintática:

- Temeroso, Amadeu não ficou no salão.

- Na semana anterior, ele foi convocado a depor.

- Por amar, ele cometeu crimes.

e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos:

- Isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.

f) separar os nomes dos locais de datas:

- Cascavel, 10 de março de 2012.

g) isolar orações adjetivas explicativas:

- O Brasil, que busca uma equidade social, ainda sofre com a desigualdade.

h) separar termos enumerativos:

- O palestrante falou sobre fome, tristeza, desemprego e depressão.

i) omitir um termo:

- Pedro estudava pela manhã; Mariana, à tarde.

j) separar algumas orações coordenadas

- Júlio usou suas estratégias, mas não venceu o desafio.

Vírgula + E

1)Para separar orações coordenadas com sujeitos distintos:

Minha professora entrou na sala, e os colegas começaram a rir.

2) Polissíndeto:

Luta, e luta, e luta, e luta, e luta: é um filho da pátria.

3) Conectivo “e” com o valor semântico de “mas”:

Os alunos não estudaram, e passaram na prova.

4) Para enfatizar o elemento posterior:

A menina lhe deu um fora, e ainda o ofendeu.

FONTE: RITA SILVA QC.

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