São funções e características dos reservatórios gástricos: 

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Ano: 2017 Banca: CONPASS Órgão: Prefeitura de Gurjão - PB
Q1211384 Veterinária
São funções e características dos reservatórios gástricos: 
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A alternativa correta é a B - O retículo é responsável pela separação dos alimentos, não secreta enzimas e suas paredes revestidas por mucosas contendo inúmeras pregas, dando um aspecto de favo de colmeia.

Explicação do tema: A questão aborda o sistema digestivo dos ruminantes, que é composto por quatro compartimentos: rúmen, retículo, omaso e abomaso. Cada um desses compartimentos desempenha funções específicas no processo de digestão e é importante para o manejo nutricional de animais como os bovinos. A compreensão das funções de cada compartimento é essencial para profissionais de medicina veterinária, especialmente em relação à nutrição animal e saúde digestiva.

Justificativa da alternativa correta: A alternativa B descreve corretamente o retículo, que é responsável por separar partículas maiores das menores, facilitando a regurgitação e a ruminação. Suas paredes mucosas apresentam pregas que lembram um favo de colmeia, e realmente não secreta enzimas digestivas, sendo essencial para a função de filtração e movimentação dos alimentos.

Alternativas incorretas:

A. A descrição do rúmen está parcialmente correta quanto à função de fermentação e maceração, mas está incorreta em relação à denominação do sulco, que é o sulco retículo-omasal, não ruminoomasal.

C. O omaso é responsável pela absorção de água e minerais, mas não é conhecido como "estômago de regurgitamento". Este papel é do rúmen e do retículo, que participam mais diretamente na ruminação.

D. O abomaso realiza a digestão química, mas seu volume pode variar de acordo com diferentes fontes, e a descrição como 5% do volume total dos reservatórios gástricos pode ser imprecisa sem contexto adicional.

E. O abomaso realmente realiza a digestão química, mas a menção de vilosidades chamadas papilas é inadequada para o abomaso, e sim para o rúmen, onde realmente estão localizadas.

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A superfície interior do rúmen forma numerosas papilas que variam em forma e tamanho, desde pequenas e pontiagudas a longas e folhadas.

O epitélio reticular é lançado em dobras que formam camadas poligonais que dão ao retículo, uma aparência de colmeia. Dentro do omaso ocorrem dobras longitudinais largas que lembram as páginas de um livro (um termo comumente utilizado para o omaso é livro). As pregas omasais são acumuladas com ingesta finamente moída e representam aproximadamente um terço da área de superfície total dos pré-estômagos. Epitélio estratificado, escamoso como achado no rúmen não é normalmente considerado um tipo de epitélio absortivo.

Papilas ruminais são muito ricamente vascularizadas e os ácidos graxos voláteis abundantes produzidos por fermentação são prontamente absorvidos através do epitélio. Sangue venoso dos pré-estômagos, como também do abomaso, leva estes nutrientes absorvidos até a veia porta. Ultrapassando estes compartimentos, a digesta chega ao intestino delgado e ao intestino grosso.

O rúmen funciona como um combinado de reservatório e câmara fermentativa dos alimentos ingeridos. Os alimentos que chegam ao rúmen pela deglutição são digeridos ou degradados por processos fermentativos realizados pelos microrganismos que vivem dentro do órgão

O retículo ocupa uma posição cranial e não completamente separado do rúmen. Logo, suas funções e motilidades estão muito ligadas às do rúmen. A abertura do esôfago no cárdia é comum ao retículo e ao rúmen. As paredes internas do retículo estão revestidas por uma membrana mucosa, disposta em inúmeras pregas (em forma de favos de mel).

Os corpos estranhos ingeridos pelo bovino (arames, pregos e outros) ficam retidos nestas pregas e impedidos de passar para os demais compartimentos do trato digestivo posterior, com consequentes reticulites e pericardites, altamente indesejável para estes animais, que, não raramente, levam o animal à morte.

 

Do retículo, o alimento passa para o rúmen (alimento ainda não totalmente degradado/fermentado) ou para o omaso (alimento fermentado) e deste, para o trato digestivo posterior (abomaso e intestinos).

A digestão enzimática, que se iniciou no abomaso com a quimosina (bezerro) ou a pepsina (bovino adulto), é completada no intestino delgado com a participação das enzimas pancreáticas (tripsina, quimiotripsina, amilase pancreática, lipase) e de outras enzimas intestinais (lactase, maltase, sacarase, dissacaridases e outras).

Portanto, é no intestino delgado (especialmente no duodeno e jejuno) onde ocorrerá a maior parte da digestão e absorção dos nutrientes (proteínas, lípides, minerais e vitaminas), ao passo que a maior parte dos carboidratos já foi fermentada no rúmen.

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